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Mudança no Sisu faz disparar acesso ao ensino superior por cotas

Segundo o MEC, aumento na taxa de aprovação é resultado do remanejamento de vagas ociosas, iniciado neste ano
Imagem de alunos negros estudando.

Imagem de alunos negros estudando.

— Reprodução/Freepik

6 de março de 2025

O Ministério da Educação (MEC) divulgou um aumento do número de candidatos aprovados com ações afirmativas no sistema de Seleção Unificada (Sisu) no primeiro semestre de 2025. Foram  26.515 candidatos cotistas aprovados em ampla concorrência, um aumento significativo em comparação ao ano anterior, que teve 11.806 aprovações.

Segundo a pasta, o aumento na taxa de aprovação é resultado do remanejamento de vagas ociosas, iniciado neste ano. Além disso, o reaproveitamento prioritário dessas vagas entre candidatos cotistas foi uma das medidas adotadas.

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No total, foram remanejadas e aproveitadas 17.337 vagas, o que corresponde a 6,6% dos aprovados. Com essas mudanças, a taxa de ocupação das vagas em 2025 registrou um crescimento de 7,4% em comparação com o ano anterior.

De acordo com o levantamento do MEC, houve um aumento de 124% no número de cotistas aprovados pela ampla concorrência no Sisu, em comparação a 2024, ano em que todos os candidatos passaram a concorrer primeiramente na ampla concorrência, independentemente do perfil. 

Alteração na Lei de Cotas

Além disso, a alteração da Lei de Cotas, iniciada em 2024, que garantiu o direito de pessoas quilombolas a ocuparem vagas nas universidades, resultou em um aumento de 70% no número de reservas para esse público no segundo ano de implementação da medida. Em 2024 foram aprovados 1.775 no Sisu e, em 2025, 2.505 mil candidatos. Nos cursos de Medicina e Direito, dois dos mais concorridos, mais de 330 estudantes quilombolas foram aprovados nos últimos dois anos. 

Já a Modalidade do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), projeto que oferece condições especiais para alunos de baixa renda, beneficiou no ano passado 19.759 estudantes, incluindo as reservas de vagas para alunos de escola pública, pessoas pretas e pardas (PPPs), quilombolas e pessoas com deficiência. 

O programa Bolsa Permanência (PBP) também foi atualizado para universalizar o atendimento a estudantes indígenas e quilombolas em 2024. Através do programa, todos os estudantes que estavam na lista de espera foram beneficiados.  

 A iniciativa visa minimizar as desigualdades sociais e étnico raciais, contribuir para a permanência e a diplomação dos estudantes, em especial indígenas, quilombolas e aqueles em situação de vulnerabilidade socioeconômica matriculados em instituições federais de ensino superior.

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