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OAB-SP cria Medalha Tereza de Benguela para homenagear advogadas negras

"Medalha é para registrar os nomes de todas as mulheres negras que contribuíram para a história da OAB-SP", diz diretora secretária-geral adjunta

Texto: Redação | Foto: Reprodução

Ilustração de Tereza de Benguela, líder quilombola do século XVIII.

Foto: Foto: Reprodução

28 de setembro de 2023

O Conselho Pleno da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP) aprovou a criação da medalha Tereza Benguela para homenagear e reconhecer a contribuição de todas as mulheres negras ao longo da história em prol a justiça e igualdade. A celebração ficou definida para o dia 25 de julho, no Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, data em que também é comemorada a trajetória da liderança quilombola Tereza de Benguela.

Conhecida como “Rainha Tereza”, Tereza de Benguela liderou o Quilombo do Quariterê, no século XVIII, onde desempenhou papel crucial na defesa dos direitos dos negros escravizados a partir de sua luta contra a opressão colonial.

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A ideia da medalha foi proposta pela diretora secretária-geral adjunta da seccional paulista Dione Almeida quando assumiu a presidência da OAB-SP, em exercício, por ocasião da comemoração do Dia Internacional da Mulher Negra.

Durante as Conferências Regionais da Advocacia, evento itinerante que percorre cidades do interior e litoral do estado, Dione realizou encontro com líderes, diretores e advogados negros que se dedicam e atuam em defesa de uma advocacia justa e igualitária. Ela refletiu sobre a importância de registrar esse trabalho da advocacia negra e feminina e combater o apagamento naturalizado pelo racismo estrutural.

dioneoabspDione Almeida, diretora secretária-geral adjunta da OAB-SP | Foto: Divulgação

“São 251 subseções no Estado de São Paulo, onde mulheres negras dedicam seu tempo para a advocacia, e elas precisam ter esse trabalho reconhecido. A medalha não vem apenas para homenagear as inscritas na OAB-SP e combater o apagamento dessas mulheres, agradecendo por seus trabalhos prestados, mas também para registrar os nomes de todas as mulheres negras que contribuíram para a história da OAB-SP”, afirmou.

“Fazemos parte de uma estrutura racista, que infelizmente naturaliza o apagamento do trabalho realizado até aqui por pessoas negras,e como uma instituição democrática é o nosso compromisso promover esse reconhecimento, quebrando estereótipos e trazendo para a jovem advocacia o sentimento de pertencimento a essa entidade”, pontuou Dione.

Ana Carolina Lourenço, vice-presidente da Comissão da Mulheres Advogadas da OAB-SP | Foto: DivulgaçãoAna Carolina Lourenço, vice-presidente da Comissão da Mulheres Advogadas da OAB-SP | Foto: Márcio Bruno

A vice-presidente da Comissão da Mulheres Advogadas da OAB-SP, Ana Carolina Lourenço, também se manifestou sobre o significado da medalha Tereza Benguela, aprovada nesta semana, e sua relevância na promoção da diversidade e inclusão na advocacia.

“Ao instituir esta medalha em alusão ao da Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, homenageamos não apenas a liderança quilombola que empresta seu nome a honraria, mas todas as notáveis dirigentes de subseções paulistas, conselheiras da OAB SP e advogadas negras que dia após dia, se dedicam ao fortalecimento dos nossos valores mais sagrados. Esta não é apenas uma medalha, mas uma manifestação tangível de nossa gratidão, respeito e compromisso com aquelas que com sua dedicação e esforço tem moldado a advocacia paulista.”

  • Redação

    A Alma Preta é uma agência de notícias e comunicação especializada na temática étnico-racial no Brasil.

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