Uma pesquisa do instituto Ipsos mostra que metade das famílias da África do Sul estão sem comida devido a pandemia da Covid-19, aumentando a preocupação de que milhões de sul-africanos desnutridos possam sofrer de doenças graves caso uma terceira onda de contágio do vírus atinja o país e atinja a população com o sistema imunológico frágil.
“É interessante notar que o top 3 em problemas sociais e econômicos, que são as províncias de Cabo Oriental, KwaZulu-Natal, bem como o noroeste obtiveram grandes índices.
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Por exemplo, no Kwazulu-Natal, Cabo Oriental e no Noroeste, o impacto de perda de rendimentos ultrapassou os 60% e o sofrimento por stress e outras doenças passou também dos 60%, assim como o sofrimento da fome. Quer dizer, todos eles foram registrados em situação de emergência e estavam entrando em uma crise”, disse o CEO temporário da Operação Fome, Sandy Bukula.
A pesquisa da Ipsos também mostra que, na época do trabalho de campo, mais de 40% dos sul-africanos de todas as idades foram afetados pela fome. “Todos os grupos populacionais foram afetados, com cerca de metade dos índios e negros passando fome. Essa também é a realidade de quatro em cada dez pessoas de cor e três em cada dez pessoas brancas.”
Os trabalhadores humanitários expressaram preocupação com o agravamento do impacto da pandemia da Covid-19 no Cabo Oriental, KwaZulu-Natal e no Noroeste. Isso ocorre em meio a um número crescente de infecções no país.
Na sexta-feira (23) à noite, a África do Sul registrou mais um aumento nacional de mais de 1000 casos de coronavírus. O departamento de saúde informou que 1.637 pessoas testaram positivo para o vírus no último período do relatório.
KwaZulu-Natal tem de longe o maior número de casos positivos de coronavírus, com mais de 5.000.
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