Foram 269 novos casos confirmados de Covid-19 nas comunidades remanescentes de quilombos; o Pará, na região norte, segue como o epicentro da doença entre os quilombolas
Texto: Flávia Ribeiro | Edição: Nataly Simões | Imagem: Cristino Martins/Agência Pará
Quer receber nossa newsletter?
Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!
A semana termina com 155 quilombolas mortos pela Covid-19, o novo coronavírus, segundo o monitoramento realizado pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq). Foram registrados quatro óbitos ao longo desta semana e há, ao todo, 4.369 infectados. Quase 270 registrados somente na última semana.
Desde o registro da primeira morte de quilombola por Covid-19, em 11 de abril, a Conaq denuncia quase uma morte por dia. Já houve registro de óbitos em 16 dos 24 estados onde existem quilombos certificados e/ou em processo de certificação. Mais da metade dos casos confirmados e de morte estão na região Amazônica. O monitoramento da Conaq ainda informa 1.211 casos em monitoramento e três óbitos com suspeita sem confirmação de diagnóstico.
Epicentro da pandemia entre quilombolas, no Pará também há um monitoramento independente, que é publicado diariamente pela Coordenação das Associações das Comunidades Quilombolas do Estado do Pará – Malungu, em parceria com o Núcleo de Estudos Interdisciplinares em Sociedades Amazônicas, Cultura e Ambiente (Sacaca) da Universidade Federal do Oeste do Para (Ufopa).
O boletim da quinta-feira (20) informa estabilidade no número de mortos: são 43, desde o dia 8 de agosto. Em uma semana, os casos confirmados passaram de 1.764 para 1.873, foram 109 novas confirmações. São 1.176 casos sem assistência médica, 1.006 casos suspeitos em tratamento médico, um hospitalizado e um óbito em investigação.