A “Casa do Nando”, localizada na região portuária da cidade, sofreu um incêndio no dia 11 de agosto; com atividades culturais e gastronomia quilombola, espaço é referência da cultura afro-brasileira
Texto: Juca Guimarães I Edição: Nataly Simões I Imagem: Casa do Nando
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Localizado na Pequena África, região portuária do Rio de Janeiro, no Largo de São Francisco da Prainha, o quilombo cultural “Casa do Nando” é um espaço de referência da cultura afro- brasileira e de acolhimento. A casa, que abriga atividades culturais e políticas, além de gastronomia quilombola, sofreu um incêndio na terça-feira (11) e o coletivo que a coordena criou uma vaquinha online a fim de arrecadar fundos para a reforma.
Na pandemia da Covid-19, o espaço era usado para a distribuição de comida para a população em situação de rua e de cestas básicas para os artistas negros sem renda. A trajetória do espaço, no entanto, é longa e teve início no movimento de resgate cultural da negritude e do samba na Pedra do Sol, no centro do Rio, na década de 1990.
A partir dos anos 2000, as ações culturais se fortaleceram na região e o músico e chef de cozinha Nando criou uma animada roda de samba, que também se tornou um ponto de encontro do movimento negro. Em 2014, o espaço foi oficializado como um quilombo urbano com eventos nas segundas e sexta-feiras.
“Em 2017, já tinhamos programação todos os dias e mudamos para o Largo São Francisco da Prainha porque a gente precisava de uma estrutura para abrigar os eventos de política, saraus, rodas e debates”, conta Nando, ao Alma Preta.
Para contribuir com a vaquinha e ajudar a reconstruir o espaço, acesse o site.