O Conselho Universitário da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) aprovou a concessão do título de doutora honoris causa para Sonia Guajajara, atual ministra dos Povos Indígenas.
A ativista é a primeira indígena a receber a mais alta honraria da instituição, assim como o título é o primeiro do gênero concedido por uma universidade brasileira à ministra.
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Segundo a UERJ, a iniciativa de conceder o título à ministra, integrante do povo tenetehara (também conhecido como guajajara), visa reforçar o compromisso com a visibilização e reparação histórica a todos os povos originários.
Em nota à imprensa, o conselheiro e relator do processo, Affonso Nunes, reforçou a importância do compromisso social. “O histórico do trabalho de Sonia Guajajara revela a sua influência positiva na sociedade e a importância de seu engajamento para promover a justiça social, a preservação ambiental e os direitos humanos”, declarou.
Formada em Letras e Enfermagem pela Universidade Estadual do Maranhão (Uema) e pós-graduada em Educação Especial, a líder indígena Sonia Guajajara se destaca por sua luta pelo meio ambiente e pelos direitos dos povos originários.
Em 2018, Sonia foi candidata à vice-presidência do Brasil na chapa com Guilherme Boulos (PSOL) e, em 2022, foi eleita deputada federal (PSOL) pelo estado de São Paulo. Atualmente, a líder indígena Sonia Guajajara está à frente do Ministério dos Povos Indígenas.
O reconhecimento do ativismo indígena e socioambiental fez com que seu nome também ganhasse projeção internacional, levando à participação em diversas instâncias da Organização das Nações Unidas (ONU), como o Fórum Permanente para Questões Indígenas, o Conselho de Direitos Humanos e as Conferências Mundiais do Clima.