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Conceição Evaristo será homenageada na Festa Literária das Periferias em 2025

Referência da literatura brasileira, a escritora negra terá destaque na próxima edição do festival que, pela primeira vez, celebrará um autor em vida
Imagem da escritora Conceição Evaristo, mulher negra que será homenageada pela Festa Literária das Periferias (Flup) na edição de 2025. Neste ano, o evento homenageou a pesquisadora Beatriz Nascimento. Conceição será a primeira autora viva honrada pelo evento.

Foto: Reprodução

21 de novembro de 2024

A escritora Conceição Evaristo será a homenageada da Festa Literária das Periferias (Flup) 2025, que ocorrerá de 20 a 29 de novembro do próximo ano. Pela primeira vez, o festival prestará homenagem a um autor em vida, o que, segundo os organizadores, reflete a valorização de figuras ativas e transformadoras. A informação foi dada pela Agência Brasil.

Considerada uma das principais referências da literatura brasileira e internacional, Conceição recebeu emocionada a notícia do convite enquanto participava de um debate na Flup 2024, ao lado da escritora inglesa Bernardine Evaristo. A autora destacou, durante o evento, que “escrever é um ato de resistência ancestral”.

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Festival Literário das Periferias em 2024 foi marcada pela presença feminina

Realizada no Circo Voador, no Rio de Janeiro, a edição deste ano da Flup reuniu literatura, música e performances culturais, promovendo reflexões sobre ancestralidade, feminismo e transformação social. Durante sete dias, mais de 31.997 pessoas participaram presencialmente do evento, que também alcançou 13.324 visualizações online por meio dos canais Flup e Futura no YouTube.

Entre os destaques da programação literária estiveram nomes como Mame-Fatou Niang, Ana Paula Lisboa, Cidinha da Silva, Jurema Werneck, Sueli Carneiro, Flávia Oliveira e muitas outras intelectuais e escritoras negras. A curadoria internacional foi assinada por Mame-Fatou Niang, pesquisadora franco-senegalesa especialista em negritude contemporânea na França.

Além das mesas literárias, a Flup ofereceu apresentações culturais de artistas como Lia de Itamaracá, Dona Onete, Ilê Aiyê, Fabiana Cozza e as Pérolas Negras (Alaíde Costa, Eliana Pittman e Zezé Motta). Atividades como rodas de samba, batalhas de vogue e do passinho, slam e poesia completaram a programação, reforçando a conexão entre literatura e manifestações culturais periféricas.

Em 2024, a Flup homenageou Beatriz Nascimento, uma das intelectuais mais importantes dos estudos afro-diaspóricos no Brasil, celebrando sua contribuição para a valorização das histórias negras e da resistência coletiva.


Outro ponto marcante foi o levantamento realizado nas favelas cariocas sobre os hábitos de leitura em comunidades como Morro dos Prazeres, Vigário Geral, Mangueira, Babilônia, Vidigal, Cidade de Deus, Maré e Providência. A pesquisa reforçou a importância de democratizar o acesso à literatura e promover espaços de discussão e representatividade nas periferias.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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