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Petrobras vai investir R$ 250 milhões na cultura e privilegiar iniciativas lideradas por negros

Programa anunciado junto ao presidente Lula e a ministra Margareth Menezes vai destinar 25% das vagas para pessoas negras e outros grupos sub-representados
Presidente Lula em discurso no lançamento do edital “Seleção Petrobras Cultural-Novos Eixos”, no Rio de Janeiro (RJ.

Foto: Rafael Pereira/Agência Petrobras

24 de fevereiro de 2024

A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (23) um investimento recorde de R$ 250 milhões em sua maior seleção pública de cultura, que vai privilegiar projetos e iniciativas culturais de grupos sub-representados e segmentos étnico-raciais em situação de vulnerabilidade, prevendo reserva de vagas para projetos que sejam propostos, liderados ou que apresentem como escopo principal integrantes desses grupos.

A edição de 2024 do edital “Seleção Petrobras Cultural-Novos Eixos” marca a vontade da estatal em voltar a ser reconhecida por patrocinar o segmento de economia criativa.

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A cerimônia de lançamento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); do presidente da Petrobras Jean Paul Prates; da ministra da Cultura, Margareth Menezes; da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco; entre outras autoridades do governo federal e membros da classe artística. O evento aconteceu no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM) e foi acompanhado pela Alma Preta.

“A cultura precisa de crédito, por que a cultura gera emprego, gera distribuição de renda, e um país que quer ser livre e soberano vai ter que utilizar todo mecanismo possível, ao alcance das mãos do Governo, para que a gente possa fazer desse país uma cultura que não seja proibida e que não seja para poucos, mas que seja para todos”, destacou o presidente Lula.

Para promover a diversidade, a seleção vai atribuir pontuação adicional a projetos das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, que historicamente recebem menos investimentos em projetos culturais. 

Cada região receberá pelo menos 15% do aporte.  Além disso, haverá uma reserva de 25% das vagas para projetos liderados por pessoas negras, mulheres, comunidades tradicionais como indígenas e quilombolas, pessoas LGBTQIAPN+ e pessoas com deficiência.

“Pensamos que todos têm direito à cultura. É um direito que está na Constituição. Isso passa também por pleitear oportunidades e isso emancipa quem faz. Queremos instigar esses grupos a se prepararem para ter acesso [ao projeto]”, afirmou a ministra Margareth Menezes.

 Evento contou com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, e da primeira-dama Janja. Foto: Rafael Pereira

Geração de empregos e economia criativa

Poderão participar da seleção propostas de programação de espaços culturais, espetáculos artísticos, exposições, produção de filmes, manutenção de grupos artísticos, projetos digitais, festivais com temáticas diversas, festas regionais e outros, em um total de dez tipos diferentes de ações de patrocínio.

Um relatório produzido durante a transição entre governos revelou uma perda de quase R$ 70 bilhões no orçamento da cultura somente nos dois primeiros anos do governo de Jair Bolsonaro. 

Durante a cerimônia, o presidente da Petrobras Jean Prates destacou que o investimento para o setor deve voltar a crescer e fomentar a geração de empregos. A economia criativa emprega atualmente 7,4 milhões de pessoas no Brasil. O volume pode subir para 8,4 milhões até 2030, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“A Petrobras sempre foi sinônimo de apoio à cultura no Brasil e é uma alavanca de desenvolvimento com efeito multiplicador na economia. Cultura é investimento e não gasto, é fonte de renda, emprego e possibilidades. Não é patrocínio gratuito, é investimento e não podemos subestimar a importância desse investimento”, disse Prates.

As inscrições para o projeto vão até 8 de abril e estão disponíveis no site da Petrobras. 

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  • Nataly Simões

    Jornalista de formação e editora na Alma Preta. Atua há seis anos na cobertura das temáticas de Diversidade, Raça, Gênero e Direitos Humanos. Em 2023, como editora da Alma Preta, foi eleita uma das 50 jornalistas negras mais admiradas da imprensa brasileira.

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