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Povos originários celebram arte ancestral na 60ª Bienal de Artes de Veneza

Exposição "Ka'a Pûera" incita o público a refletir na urgência de preservar a diversidade cultural e ambiental
Glicéria Tupinambá, comunidade Tupinambá da Serra do Padeiro, Okará Assojaba. A instalação faz parte da história narrada na exposição "Ka'a Pûera", na 60ª Bienal de Artes de Veneza.

Foto: Rafa Jacinto/Fundação Bienal de São Paulo

22 de abril de 2024

O Hãhãwpuá, Pavilhão do Brasil na 60ª Bienal de Artes de Veneza, destaca os saberes, práticas, história e expressão artística dos povos originários brasileiros. Sob o tema “Ka’a Pûera: nós somos pássaros que andam”, a exposição, segundo o Ministério da Cultura, renova a presença brasileira na bienal italiana e atualiza questões prementes como a colonização e a violação dos direitos territoriais.

Para Maria Marighella, presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), presente na abertura do evento representando o Ministério da Cultura (MinC), o lançamento da exposição brasileira com uma temática indígena em um dia simbólico nacional, o Dia Nacional dos Povos Indígenas, reafirma o compromisso do país com a redemocratização e os direitos dos povos originários.

“A exposição Ka’a Pûera apresenta nossos pássaros que voam pelo mundo levando uma diligência sensível. O Brasil abre seu pavilhão e reforça esse espaço de diálogo e troca”, declarou em divulgação do MinC.

A Bienal de Veneza deste ano, que ocorrerá de 20 de abril a 24 de novembro de 2024, marca a primeira vez em quase 130 anos que um sul-americano foi escolhido como curador geral. Adriano Pedrosa, diretor artístico do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), assume esse papel.

O Pavilhão brasileiro, sob responsabilidade da Fundação Bienal de São Paulo, tem curadoria de Arissana Pataxó, Denilson Baniwa e Gustavo Caboco Wapichana. A mostra reúne obras de artistas da comunidade Tupinambá e de povos do litoral, como Glicéria Tupinambá, Olinda Tupinambá e Ziel Karapotó.


A exposição “Ka’a Pûera” explora temas de regeneração, resistência e preservação identitária, inspirando-se nas histórias dos povos indígenas brasileiros. Ao confrontar questões de marginalização e desterritorialização, a mostra convida os visitantes a refletirem sobre a diversidade cultural e ambiental e a urgência de preservá-la.

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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