O grupo Samba pra Rua lançou seu primeiro single, que mistura diversas variantes do samba, como o samba-duro, samba de roda e samba-afro para homenagear as energias sagradas de Exu e Ogum como grandes zeladores dos caminhos.

A música, que leva o mesmo nome do grupo, conta com participação especial do cantor Aloisio Menezes e já está disponível nas principais plataformas de áudio.

Da rua e feito para a rua, a música assume uma sonoridade impactante que reverbera nos corpos. A composição é de Ana Flauzina, também idealizadora do grupo, e conta com Aisha Araújo (voz), Deyse Ramos (voz e percussão) e Sérgio Pam (voz e percussão), Deia Azevedo (percussão), Ruan de Souza (violão) e Geovana Franco (cavaco).

A presença de Aloisio Menezes, cantor conhecido por ser uma das vozes marcantes do “Cortejo Afro”, traz ainda mais força à canção, que promete circular nas rodas de samba e, em especial, entre o público que se conecta com as simbologias das religiões de matriz africana no Brasil.

Ana Flauzina entende o lançamento do single como uma reafirmação do propósito do projeto em valorizar a cultura das rodas de samba, através do reconhecimento de nossas raízes ancestrais. “O samba é um dos mais importantes artefatos culturais brasileiros. Inegavelmente, esse estilo musical carrega a digital do povo negro, sendo historicamente utilizado para promover resistência e diversão. As rodas de samba são uma manifestação popular importante para a continuidade dessa tradição”, comenta.

O Samba pra Rua nasceu em 2022, no Pelourinho, centro histórico de Salvador (BA), e desde então circula com programação acessível por bairros da cidade. O projeto busca articular o samba nas comunidades locais com práticas de impactos social.

Financiamento coletivo para gravação de primeiro álbum

O single “Samba pra Rua” contempla uma das canções que integrarão o primeiro álbum do grupo, que está em fase de captação de recursos através de uma campanha de financiamento coletivo. Qualquer pessoa pode contribuir a partir de R$ 30. A meta da vaquinha é arrecadar R$ 15 mil.

“O nosso projeto é todo realizado de forma independente, mas conquistamos um público que nos acompanha e tem crescido. Com a gravação das músicas temos a oportunidade de chegar em cada vez mais pessoas e manter viva a cultura das rodas de samba ”, destaca Ana Flauzina.