O reality show ‘Sobe Junto’ começou no dia 26 de janeiro e traz semanalmente, a cada quarta-feira, os desafios que seis bondes musicais precisam enfrentar até chegarem ao grande vencedor do programa.
Realizado pela Budweiser em parceria com Endemol Shine Brasil e a agência Africa, os cinco episódios da temporada buscam incentivar novos talentos da música, sobretudo do rap e trap, e vão coroar os novos embaixadores da marca de bebidas. Além disso, o bonde vencedor vai ter a chance de ter um clipe produzido e se apresentar em diversos eventos globais e shows patrocinados pela Budweiser no Brasil e no exterior.
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Transmitido no BudPlay, canal de conteúdos do Youtube da Budweiser, ‘Sobe Junto’ já teve seus dois primeiros episódios disponibilizados revelando os primeiros dois bondes eliminados: Rap Plus Size e Ashira.
Conheça o bonde Rap Plus Size
Tayan, Jupi77er, Sara e Mariama | Crédito: Sobe Junto
O bonde Rap Plus Size, primeiro eliminado do programa musical, é composto por MC Jupi77er, MC Sara Donato, DJ Tayan e pela produtora Mariama Ferrari. Criado em 2016, o grupo formado por vocais de Sara Donato e Jupi77er utilizam o rap, o hip hop e o funk em letras que combatem opressões, como gordofobia, LGBTfobia e racismo.
Tanto Sara Donato como Jupi77er tiveram contato com música desde muito cedo e a partir de suas famílias. Para Sara, foi junto dos primos ouvindo rap escondido que ela e o irmão passaram a gostar.
“Logo em seguida, meu irmão montou seu primeiro grupo de Rap e foi daí que entendi que eu queria muito e que poderia também fazer além de curtir. A minha motivação saiu da vontade de mudar de vida, de querer colocar algo de relevante no mundo e também de acreditar muito no que eu estava criando”, aponta a MC.
Já Jupi77er recebeu muita influência do pai baterista e conheceu o rap através da poesia. “Com uns 12 anos já estava gravando meus primeiros sons dentro de casa de forma totalmente amadora, mas foi o começo para a minha carreira como MC. Daí, o que me motivava a continuar era passar uma mensagem consciente e viver de música, mudar o mundo”, explica o MC.
O primeiro álbum do duo veio em 2016, intitulado ‘Rap Plus Size’ com a participação de artistas como Tássia Reis, Preta Rara, Banda Davidariloco, Gabi Nyarai, entre outros. “Acreditamos que o começo foi algo marcante, pois estávamos acreditando tanto e depositando tanta fé e suor que, ver o álbum sendo criado, da maneira que aconteceu, a gente indo de carona no busão da zona norte de SP até Cotia, vendendo o almoço pra comprar a janta e logo em seguida lotando nossas agendas e viajando o Brasil, foi algo que nos marcou muito”, comenta a dupla.
O segundo álbum, ‘A Grandiosa Imersão em Busca do Novo Mundo’, foi lançado em 2019 e faz referência à água e ao oceano, fazendo uma crítica aos papéis de gênero da sociedade e pensando soluções para problemas sociais. O segundo trabalho do grupo conta com participações de Djonga, Luz Ribeiro, Mulamba, Danna Lisboa, Monna Brutal, Cris SNJ e Kamau.
“O Rap Plus Size surgiu com essa vontade, de fazer algo único, com um CD colaborativo à princípio, mas principalmente de passar uma mensagem de revolução pessoal e coletiva”, destaca Jupi77er.
Com letras que propõem o combate a opressões, desde a perspectiva da linguagem, como na música ‘Se o grave bate’ que utiliza linguagem neutra, a maior característica do grupo seria a versatilidade e a facilidade de entrar no estúdio sem nada e fazer boas criações. Assim, para além das próprias músicas, pautas importantes e de uma forma fácil de se compreender são produzidas.
“A gente pensa que, diferente do gangsta RAP dos anos 1990 e 2000, nosso som tem o foco na solução e não apenas na denúncia dos problemas que encaramos do nosso cotidiano. E isso faz com que nosso trampo seja também original”, explicam.
Conheça o bonde Ashira
Beatriz, Vitória, Ashira e Jayro | Crédito: ‘Sobe Junto’
O bonde Ashira, segundo eliminado do ‘Sobe Junto’, é composto pela cantora Ashira, pelo produtor musical Jayro, pela coreógrafa Vitória Mbengue e pela diretora audiovisual Beatriz Shibuya.
Segundo a artista Ashira, a entrada no universo veio desde pequena, muito influenciada pela família maranhense que adora dançar e tinha o costume de ouvir música, sobretudo pela mãe, que era líder de atividades artísticas da igreja, como dança, louvor e teatro.
“Aos dois anos de idade, eu cantava pela primeira vez com um microfone na igreja. Na adolescência comecei a sentir a necessidade de descobrir mais estilos e iniciei minhas ‘pesquisas musicais’ que logo me levaram à Black Music. Passei a ouvir muito rap e R&B e, nesse mesmo período, descobri as batalhas de rima que abriram totalmente minha cabeça para um mundo de possibilidades”, explica a cantora.
Ao longo do tempo, Ashira conta que foi adentrando mais no hip-hop e se descobrindo nele. “No fundo eu sempre senti que queria ser cantora, mas foi a partir de 2013 que comecei de fato a minha busca por isso. Comecei a pôr minhas rimas na rua e a me apresentar em eventos locais e fazer conexões. Logo me interessei em aprender a fazer beats e, em 2015, comecei a aprender observando e perguntando a amigos DJs e produtores que estavam próximos de mim”, explica a cantora.
Em 2015, a artista foi convidada pelo rapper BK para integrar uma das faixas de seu disco de estreia, intitulada ‘Quadros’, disponível no álbum ‘Castelos e Ruínas’. Em 2016, o início do curso de produção musical na Anhembi Morumbi mostrou mais possibilidades de criação para Ashira o que a levou a, em 2019, produzir o EP Rouff, junto com as cantoras Tasha & Tracie.
“Nesse percurso, encontrei pessoas que me ajudaram e acreditaram no que faço. Beatriz Shibuya e Vitória Mbengue são duas mulheres que têm ajudado a construir minha fase atual, onde estou focada em evoluir performances e visuais através da dança e vídeo”, declara Ashira.
Beatriz Shibuya, inclusive, já participou da criação de videoclipes da artista, como da direção audiovisual das músicas ‘Eu gosto’ e ‘Te dar’. “Dentro dos videoclipes a música é a base de tudo, então, procuro sempre captar qual a sensação e narrativa que mais combina com o que aquela música está tentando transmitir para expandir essas sensações dentro do vídeo”, comenta a diretora.
Para a coreógrafa Vitória Mbengue, que descobriu o amor pela música por meio da dança (que estuda desde os cinco anos de idade), participar do reality foi um dos momentos que impactou sua carreira e a ajudou a moldar ainda mais a identidade musical do grupo. “Acho que meu encontro com a Ashira e Bia, nossa participação no reality e o nosso primeiro show foram momentos de real entendimento, pertencimento e confirmação do caminho que eu quero percorrer na minha carreira e claro as pessoas que quero ao lado”, destaca a coreógrafa.
Com letras que valorizam as mulheres e sua força, seu poder de escolha, sensualidade e liberdade, Ashira também destaca que tem experimentado muitos lugares na música hoje e pretende continuar com essa versatilidade. “A característica mais marcante na minha voz acredito que seja a leveza e a fluidez com que posso usá-la mesmo quando uso palavras agressivas. Gosto muito de passear em vários estilos, desde métricas ousadas de rimas até notas difíceis cantadas, talvez por esse motivo eu esteja mais atrelada ao R&B, mas a verdade é que eu gosto mesmo de criar, independente do estilo”, explica.
“Atualmente me preparo para colocar no mundo meu primeiro álbum solo e com certeza esse vai ser um dos projetos mais importantes da minha vida”, declara Ashira.
‘Sobe Junto’
O Rap Plus Size se despediu do programa, mas também conseguiu deixar sua mensagem, como nas rimas lançadas no ‘Desafio do cypher’ do reality show, em que venceram a etapa e obtiveram vantagem para o segundo desafio do episódio.
Com uma letra que falava sobre parceria, o grupo deixou uma mensagem sobre não se estar sozinha na luta. “O Sobe Junto trouxe pra gente uma experiência única, fez com que a gente se entendesse mais como coletivo. Mostrando que independente de qual seja o resultado a gente se tem umes aes outres e vamos continuar trabalhando e fazendo o que sabemos fazer de melhor, com foco no nosso próximo disco que sai em breve”, finaliza o bonde Rap Plus Size.
O bonde Ashira também se despediu do programa deixando sua mensagem, falando sobre a força, gana e sensualidade. “Com certeza é um programa importante para trazer identificação para quem é um artista da quebrada. É super importante nos reconhecermos nas mídias grandes e marcas que antes pareciam distantes e motivar para que mais espaço para os nossos sejam criados”, encerra Ashira.
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