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5 livros novos de autores negros e negras para conhecer

A Alma Preta Jornalismo reuniu cinco obras lançadas recentemente por autores negros e negras e brasileiros para você conhecer

Imagem mostra o escritor Stefano Volp, um homem negro retinto, com uma touca amarela e uma camiseta preta e com detalhes também em amarelo.

Foto: Foto: Victor Vieira

20 de abril de 2022

O interesse dos brasileiros por literatura que foge de narrativas brancas e eurocêntricas aumentou nos últimos anos. Essa mudança no hábito de leitura da população, em geral, pode ser percebida por meio dos nomes presentes nos rankings dos livros mais vendidas.

Um dos destaques do ranking da Nielsen PublishNews em 2021, por exemplo, foi Itamar Vieira Júnior com seu clássico contemporâneo “Torto Arado”. No entanto, há muitos outros nomes da literatura negra fictícia e não fictícia que merecem destaque.

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A Alma Preta Jornalismo reuniu cinco obras novas lançadas por autores negros e negras para você conhecer. Confira:

“O Beijo do Rio”, Stefano Volp

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O escritor, roteirista e produtor editorial Stefano Volp acaba de lançar sua nova obra “O Beijo do Rio”. Autor do aclamado “Homens Pretos (Não) Choram”, Volp foi o escolhido da TAG – Experiências Literárias para compor a edição de abril das obras inéditas, modalidade de assinatura que envia best-sellers mundiais e grandes apostas da literatura contemporânea. Para o restante do público, a obra será lançada pela editora HarperCollins, em julho.

Esse é o primeiro livro de suspense do autor e se trata de um thriller psicológico com protagonista bissexual, carioca e negro. Inicialmente, a ideia do escritor era fazer uma série, mas ele reconsiderou e transformou o piloto em sua mais nova obra literária. 

A história narra a luta do personagem Daniel e sua “vontade de derramar as lágrimas que haviam secado dentro de si”, além de “segredos escondidos sob águas turvas”. Com o desenrolar da trama, os mistérios são revelados e a narrativa fica cada vez mais envolvente.

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“A Vida me Ensinou a Caminhar”, MV Bill

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Em “A Vida me Ensinou a Caminhar”, MV Bill articula memórias sobre a vida na Cidade de Deus, comunidade no Rio de Janeiro onde o músico cresceu. Narra o abandono paterno, o que agregou responsabilidades ao menino cheio de sonhos, passando pela estreia no rap em 1991 com o grupo Geração Futuro.

São 27 capítulos onde ele narra histórias que se passam em Aracaju, Florianópolis, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Fortaleza, Teresina e Belém. O músico também descreve os bastidores de sua participação no festival Free Jazz, onde se apresentou com arma na cintura, durante as edições do Rio de Janeiro e em São Paulo, em 1999.

MV Bill dedica um capítulo sobre os bastidores da primeira Comitiva do hip-hop nacional a ser recebida por um Chefe de Estado do Brasil, o então presidente Lula, no Palácio do Planalto, em Brasília, em 2002. O carioca também homenageia a memória do Chorão, ex-vocalista da banda de rock Charlie Brown Jr, com um capítulo sobre a amizade e a parceria surgida a partir dos bastidores do prêmio VMB, em 1998.

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Leia também: MV Bill: “O combate às drogas é na verdade um combate à população periférica”

“EscreVIVER – Cartas de Uma Viajante Negra ao Redor do Mundo”, Rebeca Aletheia

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A cidadã do mundo Rebecca Aletheia, ao percorrer por cidades, estados e países como Tadjiquistão, Moçambique, Malawi e Tanzânia, escreve cartas a si mesma com relatos sobre suas experiências e vivências. Em seu livro, ela traz uma narrativa alegre, emocionante e comovente de forma bem comunicativa e agitada.

Com profunda sensibilidade e uma imensa gana pela vida, a brasileira passeia pelas mais diversas culturas e países e traz ao leitor a força, a magia e o encantamento das cores. Segundo a autora, se os seus dias estiverem cinzentos e embaçados, percorrer os relatos da obra vai te ajudar a resgatar o brilho e a vivacidade do cotidiano.

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“Cartas a um Homem Negro que Eu Amei”, Fabiane Albuquerque

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Ao falar por um tanto de mulheres negras, e não negras, Fabiane exerce o poder humano de ajudar a recusar a herança feminina do silêncio das gerações antecessoras. Nessa escrita sem anestesia, a autora “fala” sem controle, sem medo e com coragem. Um movimento difícil para quem foi constituída, como muitas, na condição de calar e fortalecer o poder dos tiranos. Ela cortou os lençóis que a amordaçaram e picou-os com a tesoura!, conforme avaliou a historiadora Diane Valdez.

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“Uma Bibliotecária Maluquinha”, Zetó

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Zetó (José Antonio Pereira do Nascimento) tanmbém lançou recentemente o livro infantil “Uma bibliotecária maluquinha”. A história se passa em uma biblioteca bonita e bastante frequentada. A bibliotecária cria diversas atividades lúdicas e pedagógicas para as crianças, mudando a percepção delas sobre o uso de bibliotecas.

Uma das atividades é a de incentivo para que as crianças criem suas histórias e livros. Zetó é bibliotecário, advogado e mestre de gestão de documentos. O autor conta que quando criança gostava de escrever histórias e um dia suas professoras resolveram criar uma manhã de autógrafos para seu primeiro livro, ainda artesanal. Por conta disso, aos dez anos, ele participou de um programa televisivo.

Na entrevista dada, disse que seus escritores favoritos eram Mauricio de Sousa e Ziraldo. Ziraldo assistiu ao programa e foi até sua escola, no subúrbio do Rio de Janeiro, para conhecê-lo. O fato marcou definitivamente seu envolvimento com a escrita e leitura literária. As ilustrações de “Uma bibliotecária maluquinha” são de Reinaldo Lee.

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