Composta por 23 contos, a narrativa do livro “Goela Seca”, de Jô Freitas, aborda a vida de uma jovem negra desde a infância e juventude até a vida adulta, passando por brincadeiras de criança e os desafios de ser uma mulher negra em uma sociedade machista e racista. A obra será lançada em uma sessão de autógrafos no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo (SP), em 7 de outubro.
Esse é o primeiro livro de Jô e nasceu de narrativas que permeiam a periferia e a Bahia, estado onde a autora nasceu. Joana é a personagem central da obra e passa por todos os estágios da narrativa.
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A obra é dividida em três partes. A primeira tem um olhar mais lúdico sobre a infância. A segunda, contos que mostram a juventude da personagem, enquanto a terceira traz a personagem mais madura em situações como a do conto “Velha”, que relata uma agressão. Segundo a autora, o livro é contado por um olhar que traz encanto e doçura para a “adultice” realista e ácida diante de violências como o racismo.
Este ano Jô celebra 10 anos de poesia e atuação na educação, literatura e movimentos sociais. Poeta, apresentadora, escritora e produtora, Jô vive em São Paulo desde os cinco anos de idade e sua atuação na literatura começou nos saraus, slams e em movimentos de rua.
Atualmente, a escritora cursa Biblioteconomia e Ciência da Informação na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), e circula por escolas públicas com palestras e oficinas. No dia 1º de outubro, ela também vai participar do TEDX Campinas para falar sobre como a poesia periférica muda vidas e como seu primeiro livro é reflexo disso.