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Governo federal diz que há 7 mil garimpeiros ilegais na Terra Yanomami

Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, próximo foco de ação será a retirada dos garimpeiros com a implantação da Casa de Governo em Roraima
Uma foto sem data divulgada em 17 de janeiro de 2024 pela Polícia Federal do Brasil mostra policiais participando de uma operação para apreender e destruir pertences de garimpeiros ilegais encontrados no território Yanomami, estado de Roraima, Brasil.

Foto: Handout /Brazilian Federal Police/AFP

1 de abril de 2024

O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) divulgou na última semana que aproximadamente sete mil garimpeiros ilegais continuam em atividade na Terra Yanomami. A informação foi revelada pelo secretário Nacional de Direitos Territoriais Indígenas do MPI, Marcos Vesolosquzki Kaingang, durante uma coletiva de balanço da Operação Catrimani, coordenada pelo Exército.

Segundo dados oficiais, o número de invasores diminuiu em 65% em um ano, se comparado ao início das operações do governo federal, quando havia 20 mil invasores no território.

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O governo federal agora está se preparando para uma nova fase destinada à retirada dos garimpeiros, com a implantação da Casa de Governo em Roraima, região onde se encontra a maior parte da Terra Yanomami e foco da crise humanitária. As informações são do veículo G1.

“Hoje a gente tem uma estimativa de seis a sete mil garimpeiros ou menos que isso, mas são garimpeiros que continuam fazendo o trabalho deles que é colocar em risco a vida dos Yanomami”, afirmou Marcos Vesolosquzki Kaingang ao veículo. “Esse é um dos primeiros passos na proteção territorial, a presença do estado brasileiro é crucial e nisso vai ter operação que o [Nilson] Tubino [diretor da Casa de Governo] vai coordenar muito bem”, acrescentou.

Desde o início do ano, o governo vem anunciando novas medidas para intensificar a fiscalização e a proteção das populações indígenas na Terra Yanomami. A principal delas foi a Operação Catrimani, um esforço conjunto do MPI com o Ministério da Defesa para facilitar a distribuição de cestas básicas e medicamentos às aldeias.

Cerca de 200 comunidades foram atendidas desde o início do ano, com 11,8 mil cestas básicas distribuídas pela Marinha, Exército e Aeronáutica, sob coordenação da FUNAI. Com isso, os pontos de entrega de alimentos dentro do território aumentaram, beneficiando especialmente áreas críticas, como Auaris e Surucucu.


O próximo foco de ação será a desintrusão do restante dos garimpeiros que ainda permanecem no território Yanomami. “O objetivo a partir de agora é a gente se debruçar em um planejamento estratégico para a retirada dos garimpeiros, mas também da retomada do território pelo Povo Yanomami”, destacou Nilton Tubino, diretor da Casa de Governo.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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