Criada por oito ativistas após o período eleitoral de 2020, a Lábora Oficina de Política lança agora uma iniciativa para formar pré-candidatos e lideranças progressistas para os pleitos de 2022 (estadual e federal) e de 2024 (municipal). Disponível na plataforma Google Forms, o edital é voltado para pessoas engajadas em campanhas eleitorais no Brasil.
O movimento suprapartidário, que surgiu do anseio coletivo por ações progressistas frente à escalada da ruptura política e institucional do país nos últimos anos, também pretende furar a bolha das redes sociais, criando uma rede de diálogo e pontes entre diferentes cidadãos.
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As eleições municipais do ano passado, em São Paulo, propiciaram a formação da Lábora Política, em um momento marcado pela polarização política e falta de consenso. Hoje o coletivo se divide entre comitê executivo, com membros fixos, que são Fernanda Chagas, Keit Lima, Juliane Arcanjo, Lucas Freitas, Luís Barbieri, Mariana Bernd, Samuel Dias e Samuel Souza. Além do conselho consultivo e a assembleia de apoiadores, que entram com o objetivo de fortalecer e impulsionar candidaturas do campo progressista para o Legislativo em 2022 e 2024.
A iniciativa entende a crise política como o resultado do desmantelamento do Estado de direito no Brasil, um caminho aberto para a continuidade da ascensão de projetos de poder e para a realização das reformas ultraliberais já em curso. “Nosso maior interesse é colocar a revolta em um projeto, contribuindo com a inserção de ativistas na política institucional. Aqueles que são, estão e nunca saíram da base. Esse é o nosso principal objetivo”, afirma Keit Lima, co-fundadora e integrante do comitê executivo da Labóra.
De acordo com o comitê executivo, o enfrentamento a projetos neoliberais exige coragem e novos compromissos coletivos. Por isso, o movimento acredita ser de extrema importância a formação política de pessoas e pré-candidatos, progressistas e comprometidas com campanhas e mandatos eleitorais, que trarão para a cena política institucional atores que são a base da sociedade brasileira, reforçando os vínculos e dialogando sobre temas concretos e tangíveis para a vida das pessoas.
“O percentual de homens brancos e empresários em Brasília e na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) destoa da realidade da população brasileira. Acreditamos que essa distorção com a realidade do país é a base da destruição que estamos vendo. Não existe um caminho progressista que não passe por uma mudança significativa dessa estrutura”, observa o co-fundador e participante do comitê executivo Luís Barbieri.
Para conhecer as ações desenvolvidas pelo Labóra Oficina de Política, acesse as páginas da iniciativa no Instagram e no Facebook.
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