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Durante a audiência pública “Crise Climática e Racismo Ambiental”, realizada na Câmara dos Deputados na última terça-feira (28), a coordenadora de Direitos Humanos e Empresas do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Beatriz Suman Nogueira, chamou a atenção para o impacto da crise climática nas populações marginalizadas.
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“A gente vive um contexto de graves e constantes violações aos direitos humanos, muitas vezes cometidas pelo setor empresarial. Essas violações estão relacionadas a degradação do meio ambiente e se manifestam de forma territorialmente desigual, impactando desproporcionalmente grupos em situação de vulnerabilidade”, comentou a coordenadora na audiência.
De acordo com a coordenadora, é fundamental analisar as vulnerabilidades ambientais das áreas urbanas e rurais, considerando marcadores sociais de desigualdade, como gênero, raça e classe.
A integrante do ministério também apontou que as consequências das degradações ambientais estão concentradas em bairros e territórios periféricos, nos quais há maior concentração de pessoas negras, indígenas e quilombolas. Sendo assim, se faz necessário a compreensão do conceito de justiça climática e ambiental.
Nogueira ainda recordou que essas áreas reúnem os piores índices de poluição e as maiores incidências de riscos de inundações e deslizamentos, expondo populações marginalizadas aos perigos de desastres naturais e más condições de saúde.
“Essas interseccionalidades intensificam as desigualdades já existentes e exigem que essas abordagens, enquanto poder público, sejam integradas e inclusivas para assegurar a proteção e a promoção dos direitos humanos”, afirmou.