PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

MDHC alerta para relação entre crise climática e racismo ambiental

Em audiência pública, coordenadora do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) aponta para o efeito desigual das crises climáticas em populações marginalizadas
A imagem mostra casas destruídas na Barra do Sahy, após tempestades em São Sebastião (SP).

Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil

29 de maio de 2024

o: 

Durante a audiência pública “Crise Climática e Racismo Ambiental”, realizada na Câmara dos Deputados na última terça-feira (28), a coordenadora de Direitos Humanos e Empresas do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Beatriz Suman Nogueira, chamou a atenção para o impacto da crise climática nas populações marginalizadas.

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

“A gente vive um contexto de graves e constantes violações aos direitos humanos, muitas vezes cometidas pelo setor empresarial. Essas violações estão relacionadas a degradação do meio ambiente e se manifestam de forma territorialmente desigual, impactando desproporcionalmente grupos em situação de vulnerabilidade”, comentou a coordenadora na audiência.

De acordo com a coordenadora, é fundamental analisar as vulnerabilidades ambientais das áreas urbanas e rurais, considerando marcadores sociais de desigualdade, como gênero, raça e classe.

A integrante do ministério também apontou que as consequências das degradações ambientais estão concentradas em bairros e territórios periféricos, nos quais há maior concentração de pessoas negras, indígenas e quilombolas. Sendo assim, se faz necessário a compreensão do conceito de justiça climática e ambiental.

 Nogueira ainda recordou que essas áreas reúnem os piores índices de poluição e as maiores incidências de riscos de inundações e deslizamentos, expondo populações marginalizadas aos perigos de desastres naturais e más condições de saúde.

“Essas interseccionalidades intensificam as desigualdades já existentes e exigem que essas abordagens, enquanto poder público, sejam integradas e inclusivas para assegurar a proteção e a promoção dos direitos humanos”, afirmou.

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

Leia Mais

PUBLICIDADE

Destaques

AudioVisual

Podcast

papo-preto-logo

Cotidiano