O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), desembarca nesta sexta-feira (16) na capital da Etiópia, Adis Abeba, para participar da 37ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA), encontro que reúne os chefes de Estado de 55 países do continente africano.
Acompanhado pelo ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, a comitiva brasileira visa obter apoio para a principal proposta do Brasil na presidência do G20. Segundo nota ministerial, o encontro marca uma importante etapa na construção da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.
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“A entrada da União Africana (UA) como membro efetivo do G20 abre novas possibilidades para a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”, destacou Dias. O bloco africano reúne todas as 55 nações da África, com um Produto Interno Bruto (PIB) combinado de cerca de US$ 3 trilhões.
Alinhado à meta de reestruturação da governança global proposta pelo Brasil na presidência do G20, este momento oferece a oportunidade de priorizar a erradicação da fome, a diminuição da pobreza e da desigualdade, além da preservação do meio ambiente.
Durante a estadia na Etiópia, além dos compromissos relacionados à agenda da Cúpula da UA, a comitiva brasileira realizará encontros bilaterais com representantes de diversos países africanos até domingo (18), consolidando o compromisso do Brasil na luta contra a fome e a pobreza globalmente.
Nas redes sociais, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, confirmou que também se juntará à comitiva brasileira nesta quinta-feira (15) para participar do evento.
“Muitos dos desafios de desenvolvimento que compartilhamos com países africanos têm como origem os séculos de exploração econômica a que fomos submetidos, com profundas e trágicas implicações sobre os povos colonizados. Por isso, proporemos à União Africana um diálogo estruturado no campo do resgate da memória da escravidão e do tráfico transatlântico, de maneira a resgatar nossa história comum e a projetar um horizonte digno para as gerações presentes e futuras”, relatou o ministro.