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Primeiro indígena eleito na ABL, Krenak fará palestra gratuita no Rio sobre ameaças ao futuro

Krenak foi eleito para substituir o falecido Jose Murilo de Carvalho um cientista político e historiador brasileiro
O escritor e líder indígena Ailton Krenak fala sobre saberes ancestrais e plantas no seminário internacional "Cannabis Medicinal: Um olhar para o futuro", no Rio de Janeiro, em 10 de julho de 2022

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

11 de outubro de 2023

Nesta quarta-feira (11), o escritor e ativista Ailton Krenak, recém-eleito à Academia Brasileira de Letras (ABL), realiza uma palestra gratuita no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), na região central do Rio de Janeiro.

A palestra, prevista para ter início às 19h, faz parte das comemorações dos 215 anos do Banco do Brasil e será realizada sob o tema “Quanto futuro temos pela frente?!”, discutindo as implicações da globalização sobre o futuro do planeta.

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Na última quinta-feira (5), o escritor, filósofo e ativista indígena Ailton Alves Lacerda Krenak foi eleito para a cadeira número cinco, o mais novo membro da Academia Brasileira de Letras (ABL).

Com 23 votos, Krenak superou a historiadora Mary Del Priore, que teve 12 votos, e o pesquisador Daniel Munduruku, com quatro. A posse de Krenak ainda não está marcada, mas deve ocorrer ainda em 2024. O escritor é o primeiro indígena a ocupar uma cadeira na ABL.

Logo após a vitória de Krenak, o presidente da ABL, Merval Pereira, falou sobre novos planos para a academia, citando a possibilidade da criação de um espaço digital da ABL semelhante à Biblioteca Ailton Krenak.

A plataforma é uma iniciativa da comunidade Selvagem para catalogar, organizar e acessibilizar as falas do escritor. Os materiais se desdobram em conversas mediadas por Krenak, bate-papos entre autoras e autores, entre outros.

“Uma das minhas intenções é convidar a ABL para criar uma plataforma, com a experiência que temos, por exemplo, com uma plataforma que já existe, chamada Biblioteca Ailton Krenak, disponível para quem quiser acessar na web centenas de imagens, textos, filmes e documentos. […] Teria tudo a ver com a Academia Brasileira de Letras incluir mais umas 170 línguas além do português […] Podemos fazer isso junto com todas as etnias que estão envolvidas no resgaste linguístico”, disse, acrescentando que a UNESCO declarou essa década, a segunda década das línguas indígenas.

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  • Manuela Silva

    Graduada em Comunicação Social (Publicidade e Propaganda) na UNICEUSA. Sou uma profissional multifuncional onde trabalho com design, redação, fotografia, edição de mídia e atendimento. CEO da Afrohack e Social Media no Alma Preta Jornalismo.

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