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RJ: central recebe denúncias de trabalhadores em situação de calor extremo

Canal recebe relatos sobre condições de trabalho e projetos de lei buscam proteção a trabalhadores expostos a altas temperaturas
Funcionários trabalham no Sambódromo Marquês de Sapucaí debaixo de calor extremo, no Rio de Janeiro, em fevereiro de 2025.

Funcionários trabalham no Sambódromo Marquês de Sapucaí debaixo de calor extremo, no Rio de Janeiro, em fevereiro de 2025.

— Tânia Rêgo/Agência Brasil

20 de fevereiro de 2025

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) anunciou a criação de uma central de denúncias para registrar reclamações sobre dificuldades de acesso a serviços públicos e condições de trabalho inadequadas provocadas pelo calor extremo. O canal, operado pela Comissão de Trabalho, Legislação Social e Seguridade, recebe informações pelo telefone (21) 98261-6266.

A presidente da comissão, deputada estadual Dani Balbi (PCdoB-RJ), explicou que o serviço analisará as situações mais insalubres e cobrará providências do poder público e de empresas.

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“O calor extremo compromete a saúde e a dignidade de milhares de trabalhadores. A central de denúncias vai mapear as condições mais críticas e garantir que medidas sejam tomadas”, afirmou a parlamentar, segundo nota da Alerj.

Projetos de lei para enfrentar impactos do calor

Além da central, três projetos de lei foram protocolados para estabelecer regras que protejam os trabalhadores expostos a altas temperaturas. O PL 4788/2025, da deputada Dani Monteiro (PSOL-RJ), propõe a proibição do trabalho ao ar livre para servidores públicos e terceirizados nos dias de calor extremo. O PL 4789/2025, também de Dani Monteiro, autoriza a decretação de ponto facultativo estadual em situações de calor extremo. 

Já O PL 4794/2025, da deputada estadual Verônica Lima (PT-RJ), institui a Política Estadual de Enfrentamento ao Calor Extremo, criando diretrizes para minimizar os impactos das ondas de calor na população.

Definição de calor extremo e ações previstas

A proposta da deputada Verônica Lima define ondas de calor extremo como períodos de três dias consecutivos com índice de calor entre 36ºC e 44ºC por pelo menos quatro horas diárias ou temperaturas acima de 44ºC por pelo menos duas horas​.

Entre as ações previstas no projeto estão o monitoramento e divulgação de alertas sobre temperaturas extremas, a criação de ilhas de frescor em espaços públicos para a população buscar alívio do calor, a realização de estudos sobre impactos do calor na saúde pública e na economia, além da definição de protocolos específicos para setores públicos e privados nos períodos mais quentes.


A justificativa do projeto ressalta que a exposição prolongada ao calor extremo pode agravar problemas de saúde e aumentar a vulnerabilidade de trabalhadores, idosos e pessoas negras, que vivem em áreas mais afetadas pelas ilhas de calor. A Alerj agora aguarda a tramitação dos projetos para avaliação nas comissões antes da votação no plenário.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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