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RJ: deputada propõe suspensão de trabalho ao ar livre em caso de calor extremo

O projeto de lei da deputada estadual Dani Monteiro autoriza o poder público a instaurar ponto facultativo em episódios de calor extremo
Mulher se protege do sol forte sol no Rio de Janeiro durante onda de calor extremo, em 2024

Mulher se protege do sol forte sol no Rio de Janeiro durante onda de calor extremo, em 2024.

— Tomaz Silva/Agência Brasil

19 de fevereiro de 2025

No Rio de Janeiro, a deputada estadual Dani Monteiro (PSOL) protocolou, na última terça-feira (18), o  Projeto de Lei (PL) 4789/2025 que sugere a proibição do trabalho ao ar livre para servidores públicos e trabalhadores terceirizados da administração pública em dias de calor extremo.

No dia anterior, a capital fluminense atingiu o nível 4 de calor, o segundo mais crítico definido pelo serviço meteorológico da prefeitura. Com 44ºC, a cidade do Rio obteve a temperatura mais alta desde 2014.

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O PL foi apresentado à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e autoriza os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário a declarar ponto facultativo em dias de temperaturas acima da média. 

As entidades também deverão priorizar o modelo remoto de trabalho quando possível e dispensar os agentes públicos de serviços que não sejam essenciais. A parlamentar propõe que as atividades desses servidores sejam suspensas quando o município registrar índices superiores à 40ºC por, pelo menos, três dias consecutivos.  

O projeto considera como calor extremo o fenômeno climático caracterizado por temperaturas muito mais altas que a média para determinado local e época do ano ou quando a situação coloca em risco a saúde das pessoas em decorrência da elevação da temperatura e radiação solar.

A iniciativa não se aplicará aos serviços essenciais ou casos de flagrante de necessidade, garantindo a ausência de descontos salariais para os trabalhadores afetados.

Para Dani Monteiro, proteger os servidores da exposição a temperaturas extremas é uma questão de “saúde pública e dignidade humana”, além de ser responsabilidade do poder público. 

“O calor extremo, que estamos vendo cada vez mais no Rio, pode causar exaustão térmica, desidratação e até morte. O poder público deve dar o exemplo e assegurar condições dignas de trabalho”, declarou a deputada, em nota.

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  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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