No sábado (7), às 11h, o Memorial da Resistência de São Paulo abrirá as portas para a exposição temporária intitulada “Mulheres em Luta! Arquivos de Memória Política”. Utilizando o acervo histórico do museu como elemento central, a exposição oferece uma perspectiva de gênero sobre a Ditadura Civil-Militar e como as marcas duradouras desse período se entrelaçam com o presente.
Os destaques são as lutas coletivas das mulheres por meio de dois focos principais: a busca pela Memória, Verdade e Justiça, e a luta pelos Direitos. Além disso, a mostra inclui poemas escritos por Beatriz Nascimento (1942–1995) na década de 1980, abordando temas de resistência, violência, racismo e impunidade. Esses poemas atravessam ambos os focos da exposição, simbolizando a convergência e continuidade das lutas.
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As formas de repressão e resistência que afetaram as mulheres durante a Ditadura Civil-Militar (1964–1985) não acabaram após o fim desse período. Na série ‘Do luto à luta’ (2023), dirigida por Val Gomes, reúne testemunhos da Coleção Memórias da Violência na Democracia do acervo do museu, com integrantes dos coletivos Mães da Leste, Movimento de Familiares de Vítimas do Massacre de Paraisópolis e Mães de Osasco/Barueri.
A partir das 10h, os coletivos ao lado do Movimento Periferia Segue Sangrando, coordenam uma intervenção cultural nas instalações do museu.
Além disso, a exposição destaca casos como das integrantes dos Clubes de Mães da Zona Sul por demandas de saúde, educação e moradia digna, da militância feminista da União de Mulheres de São Paulo, das Promotoras Legais Populares, de Laudelina de Campos Mello, em defesa das trabalhadoras domésticas, e de organizações como o IN.FORMAR, criado para apoiar e documentar movimentos sociais.