Com a intenção de discutir modelos possíveis de relações afetivas no Brasil, o livro “Não Monogamia: trânsito entre raça, gênero e sexualidade”, de Andreone T. Medrado e Rhuann Fernandes, questiona a reprodução de dinâmicas de poder e opressão em relacionamentos amorosos.
Na obra, os autores propõem um diálogo em torno das relações afetivas contemporâneas e suas intersecções de raça, gênero e sexualidade para desmistificar as vivências que são pautadas em confiança na relação, e não
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no medo ou promiscuidade.
Para Medrado, parte da falta de compreensão da sociedade é por conta da pouca representatividade no modelo de relação que pode ser um caminho para a emancipação socioemocional de quem vive o amor de maneira livre.
“Dependendo da sua cor, classe, gênero e sexualidade, vivências monogâmicas e não monogâmicas ainda podem replicar o jogo de poder e opressão. Revisitar e questionar nosso modelo hegemônico de relações afetivas é urgente para a emancipação socioemocional do ser humano”, disse o autor em nota à imprensa.
O livro aponta que a não-monogamia é representada de forma homogênea, branca, heteronormativa e cisgênera em um contexto social, o que deixa de fora as experiências e vivências que funcionam para as pessoas adeptas desse formato de relacionamento.
O livro está disponível para compra no site da Editora Telha.