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Cinco filmes brasileiros que fortalecem o antirracismo

Com temáticas que vão da ditadura militar até um futuro distópico, as obras mostram figuras importantes para a população negra
“Medida Provisória” se desenvolve em torno de decisão do governo brasileiro, que visa reparar o passado escravocrata, obrigando os cidadãos negros a voltarem para a África em busca de suas origens

Foto: Reprodução/Globo Filmes

16 de junho de 2024

O cinema brasileiro tem se destacado por obras voltadas à população negra, que explicam não somente os fatos ocorridos no regime escravocrata como também destacam o protagonismo negro no imaginário popular.

A seguir, a Alma Preta selecionou cinco filmes com a temática antirracista para você aprender mais sobre o assunto com uma pitada de entretenimento. Confira:

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1- Medida Provisória (2020)

O filme, dirigido por Lázaro Ramos e estrelado por Taís Araújo, Adriana Esteves e o ator britânico Alfred Enoch, convida o espectador a refletir sobre a necessidade do antirracismo na sociedade. A narrativa se desenvolve em torno de uma medida provisória do governo brasileiro, que visa reparar o passado escravocrata, obrigando os cidadãos negros a voltarem para a África em busca de suas origens.

A medida tem um impacto profundo na vida dos personagens, como o casal Capitu (Taís Araújo) e Antônio (Alfred Enoch), e seu primo, o jornalista André (Seu Jorge), que mora no mesmo apartamento. Em meio ao caos, os personagens promovem debates acalorados sobre questões sociais e raciais, compartilhando seus sonhos e desejos de mudar o destino do país.

2- Doutor Gama (2021)

Créditos: Divulgação

O filme biográfico conta a história inspiradora de Luiz Gama, um dos personagens mais importantes do antirracismo na história brasileira. Como escritor, advogado, jornalista e abolicionista, Gama utilizou seu conhecimento das leis e dos tribunais para libertar mais de 500 escravos durante sua vida.

Nascido de mãe livre, Gama foi vendido como escravo aos dez anos para pagar as dívidas de jogo de seu pai, um homem branco. No entanto, mesmo em condições de escravidão, ele conseguiu se alfabetizar e, posteriormente, conquistou sua liberdade. Mais tarde, se tornou um dos advogados mais respeitados de sua época, lutando incansavelmente contra a escravidão e em prol da igualdade racial.

3- Chico Rei entre nós (2020)

Créditos: Divulgação

O filme, vencedor do Prêmio de Melhor Documentário Brasileiro na 44ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, conta a história inspiradora de Chico Rei, um lendário rei congolês que foi arrancado de sua terra e escravizado no Brasil no século 18. Após comprar sua própria liberdade, ele se tornou rei em Ouro Preto, Minas Gerais. Em sinal de gratidão, os outros escravizados que ele libertou o coroaram em uma cerimônia conhecida como “Reinado”. 

Embora pouco documentada, a jornada de Chico Rei, também conhecido como Galanga, foi preservada na memória oral dos moradores e passada de geração em geração. Com uma trilha sonora emocionante de Emicida, o filme explora a formação e as desigualdades do Brasil, oferecendo uma reflexão profunda sobre o antirracismo.

4- Marighella (2021)

Créditos: Reprodução/Globo Filmes

Neste filme biográfico, o espectador mergulha na história de Carlos Marighella, em 1969, um homem que não permitiu que o medo o detivesse. Em um contexto de ditadura militar violenta e uma esquerda intimidada, Marighella, cercado por jovens guerrilheiros dispostos a reagir, optou por tomar uma atitude. Como político, escritor e guerrilheiro, lutou contra a ditadura militar brasileira, defendendo suas ideias e valores.

5- O fio da memória (1991) 

Créditos: Reprodução/YouTube

O documentário dirigido por Eduardo Coutinho (1933-2014) explora a experiência negra no Brasil a partir de dois eixos fundamentais: a criação do imaginário na cultura e a realidade do racismo e da marginalização. 

O filme se baseia na história de vida de Gabriel Joaquim dos Santos (1892-1985), um homem negro e ex-escravizado que se tornou um artista popular e uma figura marcante do antirracismo. Com habilidade e criatividade, Gabriel criou objetos de decoração a partir de materiais reciclados, como pedaços de azulejos, lâmpadas e cacos de vidro. Sua obra mais famosa é a Casa de Flor, um conjunto cultural tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e que hoje é um testemunho da riqueza cultural da comunidade negra brasileira.

  • Caroline Nunes

    Jornalista, pós-graduada em Linguística, com MBA em Comunicação e Marketing. Candomblecista, membro da diretoria de ONG que protege mulheres caiçaras, escreve sobre violência de gênero, religiões de matriz africana e comportamento.

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