O coletivo A Voz do Congo realiza neste sábado (3) em São Paulo (SP) um evento para homenagear as vítimas da Segunda Guerra do Congo, ocorrida entre 1998 e o início de 2003. O encontro será na sede da Defensoria Pública da União (DPU), na Vila Mariana.
A programação inicia às 16h com uma abertura de boas-vindas e contexto histórico, seguido de apresentações artísticas e um coffee break para estimular a interação entre os participantes.
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Das 17h30 às 18h30, ocorrem duas mesas. A primeira, com o congolês residente no Brasil, Grevisse Mulamba, e a comunicadora refugiada Claudine Shindany, aborda a situação política e social da República Democrática do Congo e apresenta dados e testemunhos sobre a violência contra mulheres e crianças no país africano.
A segunda mesa, com o defensor público da União, João Chaves, e o internacionalista e especialista em geopolítica, Prosper Dinganga, discute as políticas migratórias e a possibilidade de acolhimento de refugiados congolenses no Brasil, além da importância da justiça e dignidade para as vítimas do genocídio.
Ambas as mesas serão moderadas pela atriz e modelo Prudence Kalambay, refugiada no Brasil. A organização ainda recomenda levar uma vela, que será acesa ao final do encontro.
Mais de 5 milhões morreram na Segunda Guerra do Congo
A Segunda Guerra do Congo, também conhecida como Guerra Mundial Africana, foi um conflito na República Democrática do Congo (RDC) de 1998 a 2003. O conflito começou com a invasão da RDC por Ruanda e Uganda, apoiando grupos rebeldes contra o governo de Laurent-Désiré Kabila. Rapidamente, a guerra envolveu nove países africanos e cerca de 20 grupos armados, resultando em aproximadamente 5,4 milhões de mortes, principalmente devido a doenças e fome provocadas pela guerra.
O conflito foi impulsionado por interesses políticos e econômicos, especialmente a exploração dos recursos naturais da RDC, como ouro, diamantes e coltan. Além das batalhas diretas, a guerra foi marcada por violações dos direitos humanos, incluindo massacres e violência sexual. Apesar da paz ser oficialmente declarada em 2003, a República Democrática do Congo continua enfrentando instabilidade e violência esporádica.
Serviço
Quando: sábado, 3 de agosto
Horário: das 16h às 18h30
Onde: Defensoria Pública da União (DPU São Paulo e Osasco) – R. Teixeira da Silva, 217 – Vila Mariana, São Paulo (SP)
Para mais informações, acesse o perfil oficial do coletivo A Voz do Congo.