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Programa Guatá leva 8 doutorandos indígenas para estudar na França

Com bolsa paga em euro, ação faz parte de uma iniciativa do governo francês em parceria com universidades brasileiras
O Guatá recomenda que as universidades brasileiras ofereçam um curso básico de francês antes da viagem.

O Guatá recomenda que as universidades brasileiras ofereçam um curso básico de francês antes da viagem.

— Reprodução/Estratégia Vestibulares

2 de setembro de 2024

Neste mês de setembro, oito doutorandos indígenas do Brasil embarcarão para a França em um intercâmbio que terá duração de seis a dez meses. Esses estudantes pertencem a diversas etnias, incluindo dois guarani (nhãndeva e kaiowá), dois terenas, além de representantes dos povos pipipã, xokleng, trumai e tupinambá de Olivença. Essa iniciativa faz parte do programa Guatá, conforme informações da Agência Brasil.

O programa Guatá é uma iniciativa do governo francês em colaboração com universidades brasileiras, que oferece bolsas de intercâmbio em instituições de ensino superior na França para doutorandos indígenas. Lançado em 2023, o programa já enviou quatro alunos indígenas para o intercâmbio, o que envolveu, no primeiro momento, cinco universidades. Neste ano, 11 universidades brasileiras participaram do processo seletivo, o que resultou na seleção de oito alunos.

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Os estudantes contarão com o suporte de um professor supervisor que fala português ou espanhol, que os acompanhará durante a estadia na França. Além de receberem passagens aéreas, os indígenas terão uma bolsa mensal – paga em euro – enquanto estiverem no programa. Para facilitar a adaptação ao francês, o Guatá recomenda que as universidades brasileiras ofereçam um curso básico do idioma antes da viagem. Ao chegarem à França, os alunos indígenas poderão participar de aulas de francês oferecidas pelas instituições locais.

O termo Guatá, ou “gwata” na língua guarani, significa, entre outras coisas, viajar ou se  movimentar. Tendo em vista que as viagens entre os indígenas brasileiros eram realizadas a pé, o que faz com que o termo também possa ser interpretado como “andar” ou “caminhar”. 

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  • Caroline Nunes

    Jornalista, pós-graduada em Linguística, com MBA em Comunicação e Marketing. Candomblecista, membro da diretoria de ONG que protege mulheres caiçaras, escreve sobre violência de gênero, religiões de matriz africana e comportamento.

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