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Novo governo é formado no Haiti em meio a crise política

Liderança interina busca restaurar segurança e estabilidade no país caribenho afetado por gangues e instabilidade política
Garry Conille (R) fala após ser empossado como primeiro-ministro interino do Haiti em Porto Príncipe, Haiti, em 3 de junho de 2024. O país anunciou nesta terça-feira (11) a formação de um novo governo.

Foto: Clarens Siffroy/AFP

12 de junho de 2024

Um novo governo foi formado no Haiti nesta terça-feira (11), com a missão de restaurar a segurança e a estabilidade na nação caribenha devastada pela violência de gangues e pelo caos político. O decreto que nomeia os membros do novo gabinete foi publicado na gazeta oficial do Haiti, duas semanas após o conselho de governo transitório do país nomear Garry Conille como primeiro-ministro interino.

Conille, que foi premiê do Haiti por um breve período entre 2011 e 2012, e até recentemente era diretor regional da UNICEF, agora também atuará como ministro do Interior, de acordo com a lista publicada pelo governo. Dominique Dupuy, atual representante do Haiti na UNESCO, será responsável pelas relações exteriores.

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O Haiti, há anos sob grave turbulência, está encerrando a vigência de autoridades transitórias e busca abrir caminho para as primeiras eleições desde 2016. No entanto, seu poder parece limitado diante das gangues bem armadas e sem lei.

O ex-primeiro-ministro Ariel Henry, nomeado pouco antes do assassinato do presidente Jovenel Moise, em 2021, não conseguiu resolver os crescentes problemas da nação. Ele anunciou no início de março que renunciaria e transferiria o poder Executivo ao conselho transitório.

Domínio de gangues

A tarefa dos novos líderes do Haiti é enfrentar as crises que devastam o país. A violência de gangues tem sido generalizada há muito tempo, mas no final de fevereiro, grupos armados lançaram ataques coordenados a locais estratégicos na capital, Porto Príncipe, dizendo que queriam derrubar Henry — um político não eleito e impopular.

A violência afetou a segurança alimentar e o acesso à ajuda humanitária, com grande parte da cidade nas mãos de gangues acusadas de abusos, incluindo assassinatos, estupros, saques e sequestros. No ano passado, uma força de segurança apoiada pela Organização das Nações Unidas (ONU), liderada pelo Quênia, foi prometida para apoiar a polícia haitiana, mas ainda não foi implantada.

O presidente do Quênia, William Ruto, afirmou que a implantação provavelmente começará dentro de algumas semanas. O Quênia enviará 1.000 oficiais para a missão, juntamente com profissionais de segurança de vários outros países.


O Haiti não tem presidente desde o assassinato de Moise, em 2021, e não possui um parlamento em funcionamento.

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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