A partir da colagem digital, a mostra “Memória e Herança: Álbum de Família”, em cartaz na Galeria 3 da Caixa Cultural no Rio de Janeiro, busca ressignificar a história de registros fotográficos de pessoas negras escravizadas do século XIX a partir do olhar do artista visual e designer gráfico Rynnard.
Aqui no Brasil, devido ao entusiasmo de Dom Pedro ll pela arte, a fotografia se tornou muito comum. Ao longo dos anos, diversos fotógrafos, alguns patrocinados pela Coroa, registraram a realidade do país durante a segunda metade do século XIX. Atualmente, no acervo do Instituto Moreira Salles (IMS), por exemplo, é possível encontrar fotografias feitas há mais de 150 anos.
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Composta por 11 obras, a exposição inspirada nas fotopinturas do Nordeste brasileiro aborda afeto, ancestralidade e cotidiano a partir de fotografias que permitem fazer uma conexão profunda com trajetórias que foram reduzidas e esquecidas no passado.
A ideia principal do projeto é criar uma nova perspectiva sobre tais vivências para, através da técnica contemporânea de colagem digital, desvincular essas fotografias do contexto escravista da sociedade colonial. Desta forma, Rynnard também pretende confortar aqueles que sentem a ausência de memória familiar e ancestral.
Em exibição até 10 de dezembro, “Memória e Herança: Álbum de Família” pode ser visitada de terça a sábado, das 10h às 20h e aos domingos e feriados, das 11h às 18h, com classificação livre.
Serviço:
Quando: De 17 de outubro a 10 de dezembro
Onde: Caixa Cultural do Rio de Janeiro
Endereço: R. do Passeio, 38 – Centro, Rio de Janeiro – RJ, 20021-290
Horários: Terça a Sábado, das 10h às 20h / Domingos e Feriados, das 11h às 18h.Entrada: Gratuita