Pesquisar
Close this search box.

Hamilton Borges lança o livro “Teoria Geral do Fracasso” em São Paulo

5 de julho de 2017

Evento conta com a participação de Dexter 8° Anjo. Hamilton Borges é articulador da campanha Reaja ou Será Morto/a.

Texto / Pedro Borges
Imagem / Divulgação

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

O ativista Hamilton Borges, um dos representantes da campanha Reaja ou Será Morto/a, lança o livro de poesias “Teoria Geral do Fracasso” nesta quinta-feira, 6 de Julho, na Galeria Olido, Avenida São João 473. O evento, com início marcado para as 18h, conta com o apoio da União dos Coletivos Pan-Africanistas (UCPA) e com a presença do rapper Dexter 8° Anjo.

O livro de poesias é composto por dois momentos. O primeiro é destinado à casa, parte em que Hamilton traz suas referências familiares e a influência das mulheres de sua vida. O segundo é sobre a rua, onde retrata as pessoas que sofrem as consequências do racismo e enfrentam as faces do genocídio.

Faixa para textos BAP

Hamilton diz que demorou 35 anos para escrever seu primeiro livro de poesias também por conta das barreiras do racismo, já que o mercado editorial no país é dominado por pessoas brancas.

Depois de superar essa barreira e publicar sua primeira obra, ele anuncia que novos livros devem divulgados em breve. “Segura a onda porque vem mais. Vamos abrir esse caminho e a gente vai publicar mais textos de irmãos presos, da rua, do corre. O meu próximo livro será sobre a guerra”, conta Hamilton.

O articulador da campanha Reaja ou Será Morto/a segue com atividades em São Paulo até o dia 12 de julho. No sábado, 8 de Julho, a agenda ocorre na Aparelha Luzia, a partir das 19h, com um debate sobre o genocídio negro. No dia 11 de Julho, o lançamento acontece no Sarau da Cooperifa, e em 12 de Julho, no Kilombo Kebrada.

Hamilton Borges

Hamilton Borges dos Santos (Walê) nasceu em 1967, na cidade de Salvador, e passou a infância e adolescência no Curuzu, na Liberdade, o bairro mais negro do país. Treina boxe, joga capoeira, é do Candomblé, foi ator de teatro, cinema, professor de projeto popular, articulador cultural, oficineiro, porteiro, vendedor de pastel, amendoim e pipoca.

Trabalhou no projeto Meninos e Meninas de Rua de São Bernardo do Campo, militou por alguns anos no Movimento Negro Unificado (MNU) e fundou, nos anos 80, o grupo de intervenção poética “Os Maloqueiros”, responsáveis por recitar em becos, cadeias, quebradas e invadir eventos da elite branca baiana.

Fundou o Projeto Intramuros, na Penitenciaria Lemos de Brito, é articulador da Reaja ou Será Morto/a, que ergueu o movimento nacional de combate ao genocídio do povo negro, coordenou as Marchas Contra o Genocídio do Povo Negro, e coordena uma Escola Panafricanista em Salvador. É também membro da 4° internacional Garveista, Panafricanista, nacionalista preto, quilombista.

Leia Mais

Destaques

AudioVisual

Podcast

papo-preto-logo

Cotidiano