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Museu em Salvador expõe obras de 80 artistas negros que ressaltam a identidade afro-brasileira

"Raízes: Começo, Meio e Começo" destaca a importância das tecnologias ancestrais africanas na construção identitária do Brasil
Parte da exposição "Raízes: Começo, Meio e Começo", que está sendo exibida no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab), em Salvador.

23 de julho de 2024

O Museu Nacional da Cultura Afro-brasileira (Muncab), localizado em Salvador,  inaugurou a exposição “Raízes: Começo, Meio e Começo”. Com mais de 200 obras de 80 artistas negros, incluindo nomes como Emanoel Araújo, Heitor dos Prazeres, Lita Cerqueira e Juarez Paraíso, a mostra busca enaltecer as tecnologias de matrizes africanas que moldaram a construção identitária do Brasil.

A exposição, que se estende até 9 de março de 2025, é um convite à reflexão sobre a temporalidade sagrada africana, onde o tempo é visto como recorrente, em contraste com a linearidade ocidental. Curada por Jamile Coelho e Jil Soares, “Raízes: Começo, Meio e Começo” está dividida em cinco eixos temáticos: Origens, Sagrado, Ruas, Afrofuturismo e Bembé do Mercado. A mostra ocupa os dois andares do Muncab, proporcionando uma experiência imersiva na cultura afro-brasileira.

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“O objetivo é entrelaçar a circularidade do tempo para refletir sobre as tecnologias ancestrais. Presente, futuro e passado formam as raízes de um grande baobá”, explica a curadora Jamile Coelho, que também é diretora do Muncab.

Exposição celebra a circularidade do tempo que formam as raízes do Baobá. (Divulgação)

Os visitantes podem explorar desde as origens da travessia identitária dos povos africanos nas águas oceânicas até as tradições espirituais e culturais que se mantêm vivas no Brasil. A exposição também celebra a resiliência e a riqueza da cultura afro-brasileira através do “pretuguês”, um neologismo que define o universo linguístico, artístico, gastronômico, político, social e cultural enraizado nas matrizes africanas.

O núcleo “Afrofuturismo” promove um encontro entre ficção científica, tecnologia, realismo fantástico e mitologia, retratando a vida plena da população negra nas artes visuais e na moda. Já o eixo “Bembé do Mercado” registra os patrimônios culturais imateriais expressos na musicalidade, língua, versos, sotaques e saberes sociais.

Serviço

Exposição “Raízes: Começo, Meio e Começo”

Quando: até 9 de março de 2025

Horário: Terça a domingo, das 10h às 17h (acesso até 16h30)

Onde: Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab) – Rua das Vassouras, 25, Centro Histórico de Salvador(BA)

Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia) | Gratuidade: Quartas-feiras e domingos

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  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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