Dribles brilhantes construíram a grande reputação de um dos maiores jogadores do futebol do país
Texto: Victor Lacerda | Edição: Nataly Simões | Imagem: Getty Images
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Considerado um dos maiores dribladores da história do futebol brasileiro, o ponta-direita Manoel Francisco dos Santos, o Mané Garrincha, completaria 87 anos de vida neste dia 28 de outubro. Garrincha ficou conhecido no esporte pelo seu jeito único de jogar e mostrar ao mundo que o futebol do país pôde ser feito como arte, mesmo com suas pernas tortas para o padrão de jogadores de sua época.
Nascido em Magé, no Rio de Janeiro, o futebolista foi apelidado com esse nome por gostar de caçar um pássaro típico da região serrana do estado com badoque. Também era chamado de “Alegria do Povo”, quando fazia a felicidade dos torcedores e espectadores com seus passes únicos em campo.
Foi no Botafogo de Futebol e Regatas que o craque brilhou em sua trajetória, time que atuou por grande parte da sua carreira. Em 12 anos no clube, ele começou a jornada com os treinos e a recepção do técnico Gentil Cardoso e entrou para um time de craques nacionais, conhecidos até hoje pelos brasileiros, como Zagallo, Nilton Santos, Amarildo, Didi, Rildo e outros grandes nomes do futebol brasileiro.
Garrincha também fez parte da Seleção Brasileira de Futebol, passando por três Copas do Mundo e mais de 50 partidas defendendo o país. Ao todo, o ponta-direita protagonizou sete empates e 52 vitórias com a camisa do Brasil e dividindo o time com o craque Pelé.
Homenageando sua carreira, amigos como Vinícius de Moraes e Carlos Drummond de Andrade lhe escreveram poemas e registraram versos ao jogador. Ainda em 1962, um documentário sobre a vida de Mané foi lançado. Intitulado “Garrincha, Alegria do Povo”, o filme foi dirigido por Joaquim Pedro de Andrade e foi apresentado em grandes festivais internacionais como o de Berlim (1963) e o de Veneza (2006). Muitos anos depois, um outro reconhecimento para ficar para história. Em 2013, O Estádio Nacional de Brasília tornou-se o “Mané Garrincha”, integrando o complexo poliesportivo da cidade.
O jogador faleceu em 1983 vítima do alcoolismo. Garrincha deixou sua marca no mundo do futebol e seu legado pôde ter sido repassado por gerações, tendo 13 filhos ao todo. Um deles foi com a cantora Elza Soares, com quem foi casado de 1966 até 1982.