Nova publicação sobre educação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que a população negra tem menos anos de estudo, menos acesso ao ensino superior e lidera a taxa de analfabetismo no país.
De acordo com as informações divulgadas pela Agência Brasil, a diferença racial se destaca, por exemplo, na média de anos de estudo. Enquanto os brancos tiveram, em média, 10,8 anos em 2023, os negros contabilizaram 9,2 anos, ou seja, 1,6 ano a menos.
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A desigualdade racial no acesso aos estudos começa no ensino médio. No fundamental, o percentual de negros de 6 a 14 anos nas escolas era superior a 94,7%, ao passo que o de brancos no nível médio era de 94,5%.
Menos da metade (48,3%) dos negros acima de 25 anos haviam concluído o ensino médio em 2023. Entre os brancos, o percentual era de 61,8%.
No ensino superior a desigualdade observada é ainda maior. A taxa de negros na faixa etária de 18 a 24 anos com graduação completa era de 19,3%, enquanto a de brancos era de 36%.
Ainda de acordo com a publicação, 70,6% dos jovens negros de 18 a 24 anos abandonam mais os estudos sem concluir a faculdade. Entre os brancos, o percentual é de 57%. Os negros também lideram a taxa de analfabetismo no país. Em 2023, essa população tinha uma taxa de 7,1%, mais do que o dobro dos brancos, de 3,2%.