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Liderança indígena Pataxó é morta em conflito com fazendeiros e policiais na Bahia

Duas pessoas foram baleadas e outras ficaram feridas em Potiguará, no extremo-sul da Bahia
Pernas de mulheres indígenas de território Pataxó durante o acampamento Terra Livre, em Brasília (DF).

Foto: Carl de Souza/AFP

22 de janeiro de 2024

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) denunciou nas redes sociais um ataque ao território Pataxó Hã-Hã-Hãe, que acabou com uma pessoa morta e duas feridas.

A vítima era Maria de Fátima Muniz, também conhecida como a Pajé Nega Pataxó, irmã de Cacique Nailton, que também foi baleado. Maria era ativista e lutava pela defesa dos direitos dos indígenas.

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O ataque ocorreu no fim de semana no Território Caramuru, em Potiguará (BA), onde ruralistas invadiram o território indígena armados após se organizarem pelas redes sociais. Além do tiroteio, duas pessoas foram espancadas e uma mulher teve seu braço quebrado. Outros feridos foram encaminhados para o hospital, mas não correm perigo.

A denúncia da Associação Brasileira dos Povos Indígenas também diz que os policiais, envolvidos no conflito, agrediram os indígenas no local. Segundo o comunicado oficial, dezenas de caminhonetes cercaram a região.

“Exigimos acompanhamento das autoridades e apuração do caso. Reiteramos que a demarcação das terras indígenas são o único caminho para amenizar a escalada de violência que atinge os povos da região sul da Bahia”, diz nota da Apib.

  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

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