A crescente liderança feminina no jornalismo digital brasileiro foi destaque de uma reportagem publicada pela LatAm Journalism Review (LJR) essa semana. Segundo um estudo do Projeto Oasis, realizado pela SembraMedia e pela Associação de Jornalismo Digital (Ajor), das 164 iniciativas de mídia nativa digital no Brasil, mais de 80% contam com pelo menos uma mulher entre os fundadores, e 44% foram fundadas exclusivamente por mulheres.
Mulheres líderes em organizações jornalísticas relatam que superaram desafios como inseguranças, machismo e modelos de liderança tradicionalmente masculinos, desenvolvendo estilos de gestão próprios. Elas também sublinham a importância de criar redes de apoio entre mulheres no setor.
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A LJR conversou com várias líderes do jornalismo independente no Brasil, como Elaine Silva, sócia e diretora da Alma Preta Jornalismo. Além de sua função na agência, Elaine é mentora financeira de organizações jornalísticas e integra o Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial do governo federal.
“Para além de todas essas coisas, eu sou mãe. Meu filho me faz levantar todo dia e fazer todas as coisas que faço”, disse Elaine Silva. Ela destaca a importância de reconhecer a maternidade para lembrar que líderes também são humanos.
Silva questiona a ideia de sucesso profissional que ignora as questões emocionais e os trabalhos invisíveis realizados diariamente. “Não quero ser uma profissional de sucesso. Quero ser a mãe do meu filho. Se eu for mãe dele, automaticamente vou influenciar outras mulheres, porque não vou deixar de ser eu”, afirma.
A reportagem também contou com entrevistas de outras mulheres influentes no jornalismo digital, como Tai Nalon, fundadora do Aos Fatos; Maria Vitória Ramos, cofundadora e diretora-executiva do Fiquem Sabendo; Juliana Mori, cofundadora e diretora editorial da InfoAmazonia; Bianca Pedrina, cofundadora e diretora-executiva do Nós, Mulheres da Periferia; e Natália Leal, diretora-executiva da agência Lupa.
As profissionais compartilharam suas experiências como líderes e a importância de fomentar novas lideranças femininas, criando ambientes seguros nos quais mulheres possam ocupar posições que anteriormente eram dominadas por homens. Confira a reportagem completa no link.