Mesmo na pandemia, escola de samba mantém 30 ações sociais gratuitas para pessoas em situação de vulnerabilidade
Texto: Juca Guimarães I Edição: Nataly Simões I Imagem: Juca Varella
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As atividades na escola de samba Unidos de Vila Maria, na Zona Norte da cidade de São Paulo, vão muito além das folias do carnaval. Em meio à pandemia da Covid-19, a agremiação mantém projetos sociais que ajudam cerca de 12 mil pessoas por mês.
Uma das iniciativas é o apoio psicológico às mulheres vítimas de violência doméstica. O projeto existe há 19 anos e é uma ferramenta considerada importante para a proteção desse grupo social em um momento de explosão dos casos de violência dentro do “lar”.
Segundo o Relógio da Violência, do Instituto Maria da Penha, uma mulher sofre ameaças físicas ou verbais a cada dois segundos no Brasil. Se não é feito nada, os dados apontam que o nível de violência aumenta. A cada 22 segundos uma mulher é vítima de espancamento e a cada dois minutos uma mulher é baleada por uma arma de fogo.
“As mulheres em situação de violência doméstica procuram suporte emocional e recursos de enfrentamento focados em terapia individual”, afirma a psicóloga Maria Emilia Volqartt Fratus, que atua desde 2012 no projeto da Unidos de Vila Maria.
Os atendimentos são feitos de segunda a quinta-feira, das 8h às 18h. Antes do atendimento psicológico, a mulher deve passar por uma avaliação social. O projeto também atende pacientes encaminhados pela rede pública de saúde como UBS, Capes ou AME. Além da psicologia, a escola de samba possui outras 30 ações sociais. As informações estão disponíveis no site da agremiação.