O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) declarou que o Choro foi oficialmente reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. O reconhecimento ocorreu em uma decisão unânime durante a 103ª reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, realizada em 29 de fevereiro.
Originado no século XIX no Rio de Janeiro, o Choro é uma expressão musical que mescla influências europeias e africanas, resultando em uma sonoridade envolvente e rica. Ao longo dos anos, consolidou-se como uma das formas mais autênticas da música brasileira, incorporando elementos de improvisação, ritmo pulsante e melodia cativante.
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A cerimônia de oficialização, que contou com a presença do presidente do Iphan, Leandro Grass, sublinhou a importância do gênero como um símbolo de coesão e inclusão social. Para a ministra da Cultura, Margareth Menezes, o reconhecimento do Choro como Patrimônio Cultural do Brasil é uma celebração da identidade do povo brasileiro, merecendo cada vez mais destaque e apreço.
Segundo nota da Fundação Cultural Palmares (FCP), o reconhecimento vai além de um mero título; representa um compromisso do Estado brasileiro com a preservação e promoção desse patrimônio cultural.
A ministra Margareth Menezes recebeu a decisão com entusiasmo, destacando do gênero popular como uma construção do povo brasileiro, merecendo cada vez mais destaque e valorização.
As celebrações continuaram no Clube do Choro de Brasília após a votação do conselho, onde artistas e entusiastas se reuniram para comemorar o marco. Reco do Bandolim, fundador da Escola de Choro Raphael Rabello, expressou sua alegria com o reconhecimento, ressaltando a importância do Choro na música brasileira.
A Escola de Choro Raphael Rabello, fundada por Reco do Bandolim em 1998, desempenhou um papel crucial na promoção e ensino do Choro, sendo reconhecida como referência nacional para o gênero. Seu diretor-geral, Henrique Neto, destaca a importância da transmissão desse conhecimento para a preservação da cultura brasileira.