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Conceição Evaristo é a primeira mulher negra a ser imortalizada na Academia Mineira de Letras

Nascida em Minas Gerais, a autora tomará posse de sua cadeira em 8 de março, Dia Internacional da Mulher
A imagem mostra a escritora Conceição Evaristo, imortalizada pela Academia Mineira de Letras, em uma biblioteca segurando um livro aberto.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

18 de fevereiro de 2024

A Academia Mineira de Letras imortalizou a escritora Conceição Evaristo por sua atuação e colaboração na literatura contemporânea. O anúncio foi feito após apuração de acadêmicos do estado e a posse será em 8 de março, Dia Internacional da Mulher.

A escritora será a primeira mulher negra imortalizada pela Academia e vai ocupar a cadeira número 40, que foi fundada por Pinto de Moura e tem como patrono Visconde de Caeté. O lugar já foi de Affonso Penna Júnior e sucede a professora doutora, ensaísta, romancista, poeta e crítica literária Maria José de Queiroz, falecida em novembro do ano passado. 

O presidente da Academia Mineira de Letras, Jacyntho Lins Brandão, em seu discurso de posse do cargo, em 2023, ressaltou a importância de pessoas negras e plurais serem lembradas por sua literatura
Em comunicado à imprensa, a também acadêmica Maria Esther Maciel destacou que Conceição Evaristo é uma das mais notáveis escritoras da literatura contemporânea, além de ser uma forte representante de mulheres negras e que ela enaltece os saberes afro-brasileiros. Para ela, a escolha de Conceição é um “grande acontecimento literário e político-cultural para Minas e o Brasil”.

Escrevivências de Conceição Evaristo

Ficcionista e ensaísta, a escritora teve sua primeira publicação em 1990 na série Cadernos Negros, antologia coordenada pelo grupo Quilombhoje, coletivo de escritores afro-brasileiros de São Paulo.

Suas primeiras obras individuais, “Ponciá Vicêncio” (2003) e “Becos da Memória” (2006) foram publicadas pela Mazza Edições; sendo seguidas por “Poemas da Recordação e outros movimentos” (2008) e “Insubmissas lágrimas de mulheres” (2011), ambos pela Editora Nandyala; as duas, editoras mineiras sediadas em Belo Horizonte.

As obras anteriores foram reeditadas, e até o momento, Conceição Evaristo, além da participação em várias antologias nacionais e estrangeiras tem as seguintes obras publicadas: “Ponciá Vicêncio” (Pallas); “Becos da Memória” (Pallas); “Poemas da Recordação e Outros movimentos” (Malê); “Insubmissas Lágrimas de Mulheres: contos” (Malê); “Olhos d’água” (Pallas); “História de Leves Enganos e Parecenças” (Malê).

As obras mais recentes são “Canção para Ninar Menino Grande” (Pallas) e “Macabéa: flor de Mulungu” (Oficina Raquel).

  • Patricia Santos

    Jornalista, poeta, fotógrafa e vídeomaker. Moradora do Jardim São Luis, zona sul de São Paulo, apaixonada por conversas sobre territórios, arte periférica e séries investigativas.

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