O poeta Gilson Cavalcante lançou no último sábado (25), o livro “A arte de desmantelar calendários”. Morador de Taquaruçu, no Tocantins, Gilson, que também é jornalista, resume a obra pela singularidade da mesma e, como ele mesmo diz: “neste livro, eu sangro mais”.
Com uso da metalinguagem, os poemas da obra discorrem sobre o tempo, acúmulos, humor, erotismo, excessos e a infinita busca para completar o vazio existencial.
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“Eu só escrevo o que eu vivo. Eu sempre falo que para fazer poesia, tem que sangrar. Se não sangrar, não é verdadeira a poesia”, comenta o Gilson Cavalcante, que gosta não só de escrever, mas de declamar os próprios poemas, sendo um slammer do cerrado, com seus vídeos declamando os textos no Instagram.
Com prefácio de Gesimário de França Carvalho, o livro sai pela Cultivo Projetos Criativos e é uma reunião de poemas escritos tanto antes quanto durante a pandemia e chega para celebrar o momento do autor, que revela que se esforça para fazer uma poesia acessível. “Estou nessa labuta, de fazer a poesia numa linguagem mais gostosa,acessível e que traga uma mensagem boa para quem a lê e tem acesso a ela. Não precisa entender, mas sentir”, afirma Gilson.
Outros produtos e lançamentos
Para compor o projeto de lançamento do livro, Gilson lança também uma sequência de quatro podcasts intitulado “Hora Aberta”, com entrevistas feitas por figuras como André Zahr, Celso Borges, Marcelino Freire e Tamy Gahnnam. Os episódios estão sendo lançados desde o dia 18 de setembro, em todas as plataformas digitais.
Além deste livro, financiado com recursos da Lei Aldir Blanc, Gilson lançou, no último mês de junho, o livro “O amor não acende velas” (canção do corpo ausente). Ainda para esse ano, Gilson lança também um disco com suas próprias composições.
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