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Torcedores atiram banana em jogador no Peru e geram reações contra racismo no futebol no país

Ministério da Cultura do Peru condenou o incidente contra o jogador Aldair Rodriguez
O atacante do Alianza Lima, Aldair Rodriguez, comemora o primeiro gol de seu time durante a partida de ida da fase de grupos da Copa Libertadores entre Libertad e Alianza Lima, no estádio Defensores del Chaco, em Assunção, em 20 de abril de 2023. Jogador sofreu racismo no Peru no último sábado (3)

Foto: Norberto Duarte/AFP

6 de fevereiro de 2024

O Ministério da Cultura do Peru, juntamente com clubes e jogadores de futebol, expressou sua condenação ao racismo nos estádios do país após um incidente em um jogo do campeonato local da primeira divisão. Durante a partida, torcedores do clube ADT (Asociación Deportiva Tarma) atiraram uma banana em direção ao jogador Aldair Rodríguez, do Cienciano.

Em comunicado, o ministério repudiou o ato de discriminação, destacando que  desumaniza os cidadãos afrodescendentes e evidencia a estigmatização do povo afro-peruano. O incidente, amplamente divulgado pela mídia local,, ocorreu após Aldair Rodríguez marcar um gol a favor do Cienciano.

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O árbitro interrompeu brevemente a partida diante dos atos racistas e ameaçou suspender o jogo caso os torcedores persistissem. O Cienciano exigiu sanções adequadas para o incidente, ressaltando a importância de combater a discriminação no esporte.

Essa não é a primeira vez que um incidente desse tipo ocorre nos estádios de Peru. Em 2022, uma banana foi lançada em direção ao jogador Kevin Quevedo durante uma partida no Monumental de Lima. Em 2015, a torcida do Cienciano também cometeu atos racistas contra o atacante panamenho Luis Tejada. Nessa ocasião, a Federação Peruana de Futebol (FPF) multou o Cienciano em 12 mil dólares (cerca de R$ 60 mil dólares pela cotação atual).


A FPF ainda não se pronunciou sobre o caso. O regulamento prevê sanções para clubes e torcedores que praticarem atos racistas. O Cienciano exigiu que “sejam aplicadas as sanções pertinentes a este incidente condenável, pois contraria o combate à discriminação que deve ser promovido”.

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

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