PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Pesquisar
Close this search box.

Projeto de lei obriga profissionais da saúde a informar vítimas de estupro sobre direito ao aborto

Medida visa garantir que vítimas de violência sexual tenham conhecimento sobre a interrupção legal da gravidez
Imagem de uma mulher negra grávida. Projeto de Lei proposto pela deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) obriga profissionais da saúde a relatarem para gestantes vítimas de estupro sobre o seu direito ao aborto.

Foto: Fiocruz/Reprodução

3 de agosto de 2024

O Projeto de Lei (PL) 2521/24, em tramitação na Câmara dos Deputados, exige que profissionais de saúde da rede pública e privada informem de maneira imparcial as vítimas de estupro sobre o direito à realização de aborto em caso de gravidez resultante da violência. Além disso, esses profissionais deverão indicar o hospital de referência para a realização do procedimento.

Segundo a proposta, de autoria da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), a informação deve ser repassada ao representante legal se a vítima for menor de idade ou legalmente incapaz. A comunicação deverá ser registrada no prontuário de atendimento, com a assinatura da vítima ou do representante legal. O não cumprimento dessa obrigação será considerado crime de omissão de socorro, conforme prevê o Código Penal.

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

O projeto também proíbe encaminhar a vítima de estupro para atendimento pré-natal, perinatal, parto ou maternidade sem que ela seja previamente informada sobre a possibilidade legal de realizar o aborto. As equipes de saúde da família e pré-natal da Atenção Primária em Saúde serão treinadas para identificar casos em que a informação não tenha sido fornecida e as vítimas estejam prosseguindo com a gestação por desconhecimento de seu direito ao aborto em caso de estupro.

“Embora haja respaldo jurídico para a realização do aborto nesses casos, não raro mulheres e crianças vítimas de estupro são direcionadas ao acompanhamento pré-natal, perinatal, parto ou maternidade, em vez de serem adequadamente informadas sobre a possibilidade de realização do aborto”, critica a autora da proposta.

O projeto será analisado pelas comissões de Defesa dos Direitos da Mulher; de Saúde; de Constituição e Justiça e de Cidadania; e pelo Plenário.

  • Giovanne Ramos

    Jornalista multimídia formado pela UNESP. Atua com gestão e produção de conteúdos para redes sociais. Enxerga na comunicação um papel emancipatório quando exercida com responsabilidade, criticidade, paixão e representatividade.

Leia Mais

PUBLICIDADE

Destaques

AudioVisual

Podcast

papo-preto-logo

Cotidiano