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Erika Hilton aciona Justiça contra presidente da Conmebol por fala racista

Alejandro Dominguez afirmou que a Libertadores sem os clubes brasileiros seria como "Tarzan sem Chita"
Imagem de Alejandro Dominguez, presidente da Conmebol.

Imagem de Alejandro Dominguez, presidente da Conmebol.

— Reprodução/Conmebol

19 de março de 2025

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) acionou a Justiça Federal contra o presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), Alejandro Domínguez, por racismo. A parlamentar também o denunciou ao Ministério das Relações Exteriores e busca que o dirigente seja declarado “persona non grata” no Brasil.

A ação ocorreu após Dominguez afirmar durante uma entrevista na terça-feira (18) que a ausência dos clubes brasileiros da Libertadores seria como “Tarzan sem Chita”. 

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“Não podemos mais aceitar que jogadores e a população do nosso país sejam alvos de ofensas criminosas como essa no âmbito do futebol. E é absurdo que essas palavras tenham saído da boca de quem deveria justamente prezar pelo mais alto nível nas competições esportivas, dentro e fora de campo”, disse Erika.

“Mas se a CONMEBOL e seu Presidente são incapazes disso, o problema é deles – inclusive na Justiça”, acrescentou a parlamentar.

Repercussão negativa

A declaração do presidente da Conmebol também deixou os usuários das redes sociais revoltados. A fala gerou repercussão negativa entre outros parlamentares e torcedores brasileiros, que exigem a saída dos clubes da entidade sul-americana. Muitos também afirmaram que o comentário reforça o racismo no futebol.

Após a repercussão, Dominguez se manifestou, em nota oficial, pedindo desculpas pelo ocorrido. O dirigente argumentou que a frase utilizada é popular e que jamais teve a intenção de “menosprezar nem desqualificar ninguém”. O presidente disse que é impensável a Libertadores sem a participação de times dos dez países membros da Conmebol. 

Caso recente de racismo no futebol

A declaração de Alejandro Dominguez, presidente da Conmebol, ocorreu em meio à repercussão do caso de racismo contra os jogadores palmeirenses Luighi e Figueiredo, durante uma partida da Libertadores Sub-20. 

Em resposta, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, sugeriu que os clubes brasileiros deixem a Conmebol e se filiem à Confederação das Associações de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf).

A sugestão foi motivada pela punição aplicada pela Conmebol ao Cerro Porteño ter sido considerada insuficiente. Além disso, o Palmeiras enviou uma carta à Federação Internacional de Futebol (FIFA), em que cobra ações mais rigorosas para coibir práticas racistas no futebol sul-americano.

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