O Museu da Diversidade Sexual (MDS) inaugura nesta quinta-feira (14) a exposição “Xirê das Yabás: a fertilidade do mundo”. Localizada no bairro da República, em São Paulo, a exposição estará em exibição até 11 de março de 2024. A mostra é um convite para refletir sobre a cultura das religiões de matriz afro-brasileira, com foco em questões sensíveis de gênero, raça, sexualidade e o papel das mulheres africanas.
A apresentação reúne obras de quatro artistas mulheres: Leaħ, Adeloyá OjúBará, May Agontinmé e Ani Ganzala. As obras apresentadas exploram a estética e a simbologia das Yabás, orixás femininas da religião do candomblé, a partir de diferentes perspectivas, como a fotografia, a pintura, a escultura e o audiovisual.
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A curadoria ficou por conta da pesquisadora do MDS Khadyg Fares e da multiartista A TRANSÄLIEN, que ressaltou, em nota à imprensa, a importância da mostra.
“‘Xirê das Yabás’ é uma importante oportunidade para refletirmos sobre a potência das mulheres negras e indígenas na construção de nossas identidades e culturas. As Yabás são representações de força, beleza e fertilidade, e suas histórias são fundamentais para nos inspirarem e nos fortalecerem”, disse a multiartista.
“A exposição é uma celebração da vida, da diversidade e da resistência”, destacou Khadyg Fares. “Ela nos convida a mergulhar no universo mágico e ancestral das religiões de matrizes afro-brasileiras”, acrescentou a pesquisadora.
Para o diretor do Instituto Odeon, Carlos Gradim, responsável pela gestão do MDS, a exposição é um marco importante para o museu. “Essa mostra é um exemplo da potência da arte para promover a reflexão crítica e a transformação social. Ela é um convite a todos e todas a conhecerem e valorizarem a cultura afro-brasileira”, afirma.
O Museu da Diversidade Sexual (MDS), vinculado à Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, é o primeiro centro cultural da América Latina dedicado à Memória e Estudos da Diversidade Sexual. Sua missão abrange a preservação da memória, arte, cultura, acolhimento e valorização da vida.
Construído a partir do diálogo com os movimentos sociais LGBTQIAPN+, o MDS ganhou destaque como um museu comprometido com a discussão da diversidade sexual e atua como um agente cultural para promover a transformação social, advogando pela dignidade humana e pelos direitos fundamentais.