Após ser alvo de críticas, o ex-nadador, coach e influenciador digital Joel Jota anunciou, nesta sexta-feira (19), que renuncia ao cargo de padrinho oferecido pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), dois dias após a divulgação oficial de seu nome.

“Apesar de ter ficado muito feliz pelo convite, cheguei à conclusão que será melhor para mim e para a minha família que eu não participe mais como padrinho da delegação brasileira em Paris”, escreveu Joel Jota na publicação.

O influenciador foi anunciado pelo COB a 100 dias dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 como mentor do Time Brasil e um dos nove padrinhos — cuja função é atingir públicos de fora do ecossistema esportivo.

O influenciador Hugo Gloss, a apresentadora Sabrina Sato, a atriz Larissa Manoela, o cantor Wesley Safadão, o surfista Pedro Scooby e o youtuber Casimiro Miguel são alguns dos artistas convidados para a função de padrinho.

Em suas redes sociais, Jota disse que, entre os escolhidos para a função de padrinhos e madrinhas, apenas ele já defendeu a seleção brasileira em competições. O fato de o ex-nadador não ter atingido níveis olímpicos é um dos motivos que causaram parte das controvérsias e críticas em relação ao seu apontamento como mentor. As acusações também citam que a biografia de Jota, em seu próprio site, dizia que ele “foi considerado um dos melhores nadadores do mundo”. O trecho foi alterado após a repercussão negativa.

O ex-nadador comprovou que já foi convocado para a seleção brasileira, porém, para disputas de menos nível técnico e em piscinas de tamanho menor em relação às disputas olímpicas. A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) reconhece 162 medalhas do ex-nadador, sendo 64 de ouro, 53 de prata e 45 de bronze, entre competições estaduais e regionais.

Joel Jota ficou conhecido após dar início a sua carreira de influenciador digital. Em seu perfil, ele acumula mais de cinco milhões de seguidores e desde 2013 ministra cursos para jogadores.