PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

‘Minnie’ do Parque de Madureira faz sucesso no skate aos 4 anos

A família apoia a prática de esporte da menina e diz que a conquista da Rayssa Leal trouxe visibilidade para o skate, ‘mas o Brasil ainda precisa avançar no apoio e investimento para os atletas’

Texto: Redação | Imagem: Acervo Pessoal

Elisa 'Minnie de Madureira' andando de skate

Elisa 'Minnie de Madureira' andando de skate

9 de agosto de 2021

Assim como no Maranhão, lugar onde mora a skatista Raíssa Leal – medalhista de prata nas Olimpíadas de Tóquio -, o Rio de Janeiro também tem uma promessa para o esporte: a pequena Elisa de Freitas Messias, a “Minnie” do Parque de Madureira. Aos 4 anos, a menina chama atenção dos frequentadores das pistas de skate pelo desempenho nas manobras. Sempre acompanhada dos pais, Leidiane Messias e Gilson Freitas, a pequena brinca e se diverte na pista com sua roupa de Minnie, personagem da Disney.

A família relata que com apenas 1 ano e 10 meses Elisa ganhou um patinete da tia-avó e logo começou a praticar. Ganhou confiança e passou a frequentar a pista Downhill. O pai percebeu o interesse e a incentivou a andar em seu skate. “Elisa ama andar de skate. É uma diversão, principalmente nos finais de semana”, diz Leidiane.

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

A pequena é fã da Rayssa e tentou acompanhar a competição, mas dormiu no colo do pai antes do resultado. Assim como toda criança, os pais de Elisa afirmam que ela gosta mesmo é de brincar, se divertir e estudar: “Quero ser escritora e skatista. Também gosto de cantar, ler e escrever”, conta a menina.

Elisa de Freitas Messias, a Minnie de Madureira | Créditos: Acervo PessoalElisa de Freitas Messias, a Minnie de Madureira | Créditos: Acervo Pessoal

O pai da Elisa é professor de educação física e seu companheiro de diversão. “Vamos ao Parque apenas para nos divertir, brincar e fazer novos amigos”, relata Gilson. “É importantíssimo ela praticar esporte, pois eu acho que a prática da atividade física, seja ela qual for, deveria ser realizada nos quatro cantos do nosso país por qualquer pessoa independente da classe social, idade, cor ou gênero”, completa.

Gilson afirma que independentemente de Elisa se tornar uma atleta de alto rendimento ou não, a prática do esporte irá prepará-la para a vida. “No esporte, temos superação, desafios, dedicação, socialização, inclusão, queda, levante, perda, ganho; em suma, tudo isso ela poderá levar por toda sua vida. Além de fazer bem para o corpo, o esporte faz bem para a alma”, diz.

Já a mãe de Elisa entende que é um esporte bem radical para uma criança de 4 anos, o que traz preocupação a Leidiane. “Meu coração fica acelerado, palpitando a cada descida de skate, e de patinete também; mas ao mesmo tempo sinto uma vibração tão forte quando eu vejo a alegria dela e o seu belo sorriso estampado no rosto. Fico feliz quando ela consegue fazer o percurso e as manobras corretas do jeitinho dela”, afirma.

Leidiane diz que se sente apreensiva ainda com as quedas do skate, mas que está aprendendo a lidar com isso de uma maneira inusitada. “Ainda bem que inventaram que beijinho de mãe e pai cura tudo! Dou um monte de beijinhos, jogo água pra lavar o machucado e dou água para ela beber. Aí ela vai se acalmando, para de chorar e eu volto a incentivá-la a andar de skate novamente”, diz. “Caiu, levanta e anda de novo”, orienta Leidiane.

Os pais da Minnie de Madureira acreditam que a conquista da Rayssa trouxe visibilidade para o esporte, mas o Brasil ainda precisa avançar no apoio e investimento para os atletas.

“Nós, como pais da Elisa, vamos fazer de tudo para que no futuro ela possa ser uma grande atleta e faremos grandes sacrifícios, porém, quantos tem um talento em casa e não tem a oportunidade de ver os seus filhos praticando um esporte pela falta de investimento e de incentivo?”, pontua o pai da menina.

Leia também: ‘Praticantes do Break Dance refletem sobre inclusão da modalidade nas Olimpíadas 2024’

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

Leia mais

PUBLICIDADE

Destaques

Cotidiano