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NIVEA dá mais um passo estratégico e ingressa em Iniciativa Empresarial Pela Igualdade Racial

Número um em cuidados com a pele, marca promove ações voltadas à agenda antirracista com os colaboradores
Imagem mostra mulheres negras na Casa Nivea.

Foto: Mariane Almeida/Alma Preta

31 de julho de 2024

A luta por equidade racial é crucial no ambiente corporativo, especialmente em grandes empresas. A Beiersdorf, casa de NIVEA, marca número um em cuidados com a pele no mundo, e Eucerin, marca de cuidados dermatológicos, busca fazer a diferença a partir dos pilares que guiam o propósito da companhia.

Para gerar impactos transformadores, a companhia acredita na necessidade de uma mudança cultural genuína em sua rotina e conta com a participação ativa de talentos negros em todo o processo. Um novo movimento da companhia nesse sentido foi o recente ingresso na Iniciativa Empresarial Pela Igualdade Racial, anunciado durante um bate-papo em evento promovido pela marca em 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha.

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A iniciativa prega a promoção da diversidade étnico-racial com objetivos e metas definidos e institucionalizados, que passam pela revisão e aprimoramento da cultura empresarial, articulação das empresas e o desenvolvimento de pessoas para um ambiente corporativo inclusivo, diverso e plural. Atualmente, além da Beiersdorf, o movimento empresarial conta com mais de 60 grandes empresas em seu escopo. O trabalho é realizado em parceria com o Instituto Data Zumbi, comandado pela Universidade Zumbi dos Palmares.

Liderado pela analista de marketing e eventos da companhia Ana Campos, o bate-papo contou com a presença de Gilma Vieira, coordenadora de projetos na Preta Hub, Viviane Elias, C-Level e board member especialista em governança corporativa, Juliana Junqueira, gerente sênior de marketing da categoria body da NIVEA, e Tatiana Pio, coordenadora Administrativa da Iniciativa Empresarial Pela Igualdade Racial.

Ao analisar o mais recente Censo 2022, Tatiana pontuou que o número de pessoas negras em cargos de liderança nas empresas apresentou pouca mudança. Atualmente, a representação de homens negros em posições de liderança é de menos de 4%, enquanto a de mulheres negras é inferior a 1%.

“Não foi a falta de capacidade que impediu o nosso ingresso nos cargos de liderança das grandes empresas. Então, o que está acontecendo? É a questão do racismo que estrutura a nossa sociedade”, disse a coordenadora.

Tatiana Pio explicou que, a partir destes dados, foi preciso repensar a contribuição das grandes empresas para a sociedade. “Equipes diversas e inclusivas são equipes mais rentáveis. Enquanto eu mudo a maneira dessa empresa entender essa questão da política racial, eu mudo a mentalidade do colaborador, e, assim, estou mudando a cadeia de valor na qual ela está inserida na sociedade”, acrescentou.

Essa visão é também compartilhada por Ana Bógus, primeira mulher CEO da Beiersdorf no Brasil. Para ela, movimentos como a Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial reforçam o compromisso da empresa com a promoção da diversidade e inclusão no ambiente de trabalho e na sociedade de modo geral.

“Ao adotar metas específicas e implementar ações concretas para combater o racismo estrutural e promover a inclusão, a Beiersdorf melhora seu ambiente corporativo e contribui para um impacto positivo e duradouro na comunidade onde está inserida”, disse.

(Divulgação)

‘Precisamos transformar as pessoas dentro de casa’

Na Beiersdorf, os colaboradores são incentivados a encontrar seus propósitos pessoais e a participar de Grupos de Afinidade (GAs), coletivos formados por pessoas colaboradoras que compartilham interesses em comum para dialogar sobre transformações positivas na companhia. Um exemplo é o grupo Abrace Nossa Cor, dedicado à equidade racial e ao combate ao racismo, responsável por liderar talks, letramentos e discussões voltadas ao tema.

No Brasil, atualmente, menos de 5% das 500 maiores empresas possuem mulheres negras em cargos de liderança, segundo uma pesquisa da Indique Uma Preta. Diante deste cenário, a especialista em recursos humanos da Beiersdorf, Bruna Costa, explicou que a companhia possui uma meta de contratação de 30% de pessoas negras até o final de 2025.

“A gente acredita na importância e na potência de pessoas negras para termos diversidade de pensamentos e de cultura, no ambiente corporativo”, explicou, ao exaltar o programa de estágio O Cuidado é a Nossa Potência. Lançado em abril pela companhia, 50% das vagas do projeto foram voltadas a pessoas negras com o intuito de desenvolver novos talentos.

O trabalho de equidade também transparece nos produtos da marca, que sempre manteve uma relação positiva com a comunidade negra. Após estudos com foco nas necessidades específicas da pele negra, a NIVEA desenvolveu a linha Beleza Radiante, que oferece tecnologia e ingredientes especiais para recuperar o brilho natural e melhorar a saúde da pele. Com fórmulas exclusivas, Beleza Radiante visa uniformizar o tom da pele e reduzir marcas e estrias. Ligia Annunziato, head de Diversidade, Equidade e Inclusão da Beiersdorf, reforçou este olhar da companhia à Alma Preta. “Temos uma agenda de transformação interna por acreditar que para alcançar a diversidade precisamos transformar as pessoas dentro de casa. Já trilhamos esse caminho há algum tempo, e um dos espelhos da porta para fora é Beleza Radiante”, disse.

Desde o início dessa construção, a NIVEA envolveu parceiros da comunidade negra, a exemplo de agências especializadas, veículos, influenciadores e o time interno, trazendo ainda mais verdade para esse lançamento. Além do grupo de afinidades e do programa de estágio, Ligia ressaltou a importância de apoiar projetos que fortalecem mulheres negras em empregabilidade, cidadania ativa e empreendedorismo, como a Preta Hub, da empreendedora social Adriana Barbosa, na qual a NIVEA possui em parceria o projeto “Afrolab”.

Com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), a Beiersdorf lidera o programa “Meninas Mães Contra a Violência”, voltado para adolescentes negras grávidas ou mães, com foco em conscientização e prevenção de violência de gênero e racismo, e apoia a estratégia Primeira Infância Antirracista (PIA). Voltada aos impactos do racismo no desenvolvimento infantil, o projeto promove práticas antirracistas em diferentes serviços de atendimento às gestantes, crianças negras e indígenas.

População negra não é um nicho, mas uma potência econômica

Juliana Junqueira, gerente sênior de marketing da NIVEA, destacou que a população negra representa 55% do Brasil, conforme indica o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Para além da reparação histórica que nós, povo brasileiro, temos com as pessoas pretas, a gente também tem um mercado consumidor gigante. Estamos falando de mulheres negras que movimentam mais de 700 bilhões de reais por ano. Não se trata de um nicho de mercado e, sim, da maioria da população brasileira”, afirma Junqueira.

(Divulgação)

Desenvolvida após diversas pesquisas com a população negra, a linha de cuidados para a pele negra foi idealizada para caminhar com o protagonismo da comunidade negra, pois busca valorizar os sonhos de mulheres negras e suas jornadas. “A gente ouviu os consumidores, entendeu as suas principais queixas e desenvolveu uma fórmula específica para cuidar do brilho, do ressecamento e das manchas da pele negra. E não poderia ser diferente: hoje, nove em cada consumidores do Beleza Radiante aprovam e continuam usando o produto”, celebrou a gerente.

“Nós entendemos a nossa responsabilidade e apoiamos diversos projetos não só de pessoas negras. É como a gente devolve um pouco do que ganhamos da sociedade, e Beleza Radiante, por exemplo, faz parte dessa construção, de um real reconhecimento da importância das pessoas negras e como conseguimos vivenciar isso de uma forma verdadeira”, concluiu a head de diversidade, equidade e inclusão Ligia Anunzziato.

Este conteúdo é resultado de uma parceria com a NIVEA.

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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