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Referência em cultura afro-brasileira, Helena Theodoro recebe honraria no Rio de Janeiro

Historiadora foi homenageada com a Medalha Tiradentes, maior honraria do estado
Helena Theodoro fala durante homenagem na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Helena Theodoro fala durante homenagem na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

— Thiago Lontra

18 de abril de 2024

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) promoveu, nesta terça-feira (16), uma sessão solene que concedeu a Medalha Tiradentes à historiadora e ativista Helena Theodoro, primeira doutora negra do país. A ação representa a maior honraria do estado fluminense. A iniciativa de homenagear a intelectual partiu da deputada estadual Renata Souza (PSOL).

Graduada em pedagogia, mestre em educação, doutora em filosofia e pós-doutora em história comparada, Theodoro é professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), sendo referência nos debates sobre religiões de matrizes africanas, estudos sobre racismo e intolerância religiosa.

Ao lado da ativista Lélia Gonzalez (1935-1994), Helena Theodoro foi uma das poucas mulheres negras que puderam participar e ter voz na Assembleia Nacional Constituinte, que elaborou a Constituição de 1988.

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“Que nós possamos fazer com que este país trilhe caminhos que sejam caminhos do Ubuntu. Eu sou porque nós somos. Sejam caminhos onde a gente entenda que cada um tem direito à escolha, e não ser igual a um rebanho que tem um pastor que o leva para onde quer. Cada um tem o direito de trilhar os seus caminhos em busca da alegria, da felicidade e da realização, em qualquer idade”, discursou Helena. 

A sessão da Alerj abrangeu outra homenagem à Helena Theodoro, que também recebeu a Medalha Chiquinha Gonzaga. A honraria concedida pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro é um reconhecimento a personalidades femininas que se destacaram na defesa de causas democráticas, humanitárias, artísticas e culturais. A iniciativa foi da vereadora Thais Ferreira (PSOL).

“Chiquinha Gonzaga foi uma mulher batalhadora que contra todos os processos contrários a sua arte e sua maneira de ser para se tornar a primeira maestrina brasileira. Ela valorizou toda a cultura preta carioca e fez com que todos entendessem que tinham que abrir alas porque ela queria passar”, exaltou a historiadora. 

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  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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