Pesquisar
Close this search box.

UFF vai implementar política de reserva de vagas para estudantes trans

Política de ações afirmativas para população trans irá reservar 2% das vagas da graduação e uma vaga extra nos cursos de pós a partir de 2025
A UFF se tornou a primeira universidade do estado do Rio de Janeiro a aprovar cotas para a população trans.

Foto: Pierre-Philippe Marcou / AFP

23 de setembro de 2024

O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPEx) da Universidade Federal Fluminense (UFF) aprovou a reserva de vagas para o ingresso de pessoas trans nos cursos de graduação e pós-graduação, prevista para ser implementada a partir de 2025.

Com a medida, a UFF se torna a primeira instituição federal do estado do Rio de Janeiro a instaurar uma política de ações afirmativas voltada para a população trans. Em 2025, a universidade reservará 2% das vagas relacionadas ao curso de graduação para os estudantes.

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

Além da reserva para os graduandos, cada curso de pós-graduação, mestrado e doutorado contará com ao menos uma vaga extra destinada para a cota. A expectativa da universidade é que cerca de 360 pessoas sejam beneficiadas com a iniciativa ainda no primeiro ano de implementação.

“A aprovação dessa política, e sua implementação imediata já em 2025, mostra que a universidade está comprometida com ações afirmativas com critérios identitários que visam contribuir para a redução das formas de discriminação, exclusão e violência. Esta política de ingresso para pessoas trans é fruto do protagonismo do movimento de estudantes trans em diálogo com a gestão universitária que, em conjunto, formularam a proposta final revisada e aprovada nesta quinta-feira”, declara a UFF em nota.

O processo da ação afirmativa será complementado por uma banca de heteroidentificação, que ainda será criada. A demanda foi uma solicitação dos coletivos trans da instituição, que participaram ativamente da criação da proposta.

Com a adoção da política, a UFF passa a integrar o grupo das universidades públicas federais que possuem políticas de cotas específicas para a comunidade trans. 

São elas a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Federal do Sul da Bahia (UFSB),  Federal do ABC (UFABC), Federal de Lavras (UFLA), a Federal de Santa Catarina (UFSC), Federal de Santa Maria (UFSM), Federal do Rio Grande (FURG), Federal de Rondônia (UNIR), Federal de Goiás (UFG) a Federal de São Paulo (Unifesp), sendo a última a mais recente a integrar a lista.

Texto com informações da Agência Brasil*

  • Verônica Serpa

    Graduanda de Jornalismo pela UNESP e caiçara do litoral norte de SP. Acredito na comunicação como forma de emancipação para populações tradicionais e marginalizadas. Apaixonada por fotografia, gastronomia e hip-hop.

Leia Mais

Destaques

AudioVisual

Podcast

papo-preto-logo

Cotidiano