Destituição feita pela ministra Damares Alves ocorreu após o movimento negro protocolar um pedido de impedimento contra o presidente no dia 12 de agosto
Texto: Redação | Edição: Nataly Simões | Imagem: Reprodução/Estadão Conteúdo
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O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, chefiado por Damares Alves, destituiu organizações do movimento negro do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial. A ação ocorreu após a Coalizão Negra por Direitos protocolar, na quarta-feira (12), um pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
As organizações retiradas do conselho assinaram o pedido de impedimento contra o presidente Bolsonaro. Entre elas estão a Educafro, que promove inclusão de pessoas negras e pobres no sistema educacional; a União de Negros pela Igualdade (Unegro), o Movimento Negro Unificado (MNU), o Coletivo Nacional de Juventude Negra (Enegrecer), a Coordenação Nacional das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), entre outras instituições.
GRAVÍSSIMO: Em represália ao pedido de impeachment, @jairbolsonaro e @DamaresAlves destituiram organizações negras de conselho participativo.
Orgs da @coalizaonegra que fizeram o pedido de impeachment ontem foram retiradas do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial pic.twitter.com/JOY56PszA5
— Sheila de Carvalho (@she_carvalho) August 14, 2020
No pedido de impeachment, a frente que reúne mais de 150 organizações do movimento negro aponta crimes de responsabilidade na violação dos direitos individuais e sociais por negligência ao combate à pandemia da Covid-19, o novo coronavírus.
O documento também ressalta a insuficiência de medidas que deveriam ter sido implementadas pela equipe de Bolsonaro em benefício das populações mais vulneráveis como os negros, pobres, empregadas domésticas e trabalhadores informais e as comunidades tradicionais como as quilombolas.