PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Com troca de chefe da pasta, Ministério da Saúde adia divulgação de dados de raça/cor da Covid-19

19 de maio de 2020

Atualização do boletim da saúde prevista para ser publicada na sexta (15) ainda não ocorreu

Texto / Guilherme Soares Dias | Edição / Simone Freire | Imagem /Alex Pazuello/Semcom

Quer receber nossa newsletter?

Você encontrá as notícias mais relevantes sobre e para população negra. Fique por dentro do que está acontecendo!

Os dados oficiais do Ministério da Saúde sobre a Covid-19, o novo coronavírus, que trazem o recorte raça/cor ainda não foram atualizados. Uma atualização do boletim estava prevista para a última sexta-feira (15), mas, com o pedido de demissão do ex-ministro Nelson Teich, ainda não foi publicada.

Os números do boletim trazem ainda recorte por grupo de risco, faixa etária e são chamados de “boletim de saúde”. Os dados gerais de casos e óbitos continuam sendo alimentados diariamente no site do governo.

Realidade

O último boletim, divulgado em 8 de maio, apontava que a maioria entre as vítimas da Covid-19 eram pessoas pretas e pardas (50,1%), enquanto as pessoas brancas representavam 47,7%. Os números apontaram uma mudança no gráfico de mortos, já que em 10 de abril, os brancos eram 64,5% das vítimas e os negros, 32,8%.

A falta de informações sobre raça desde o início da pandemia tem mobilizado diversos setores do movimento negro e outros órgãos. No início de abril, a Coalizão Negra por Direitos enviou uma carta ao Ministério da Saúde e às secretarias de todos os estados do país pedindo a divulgação de raça, gênero e bairro dos infectados.

No último dia 15, uma ação foi protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF) exigindo que o órgão apresente números acerca dos testes para a Covid-19, com o perfil dessas pessoas a partir dos marcadores de raça/cor, gênero, renda, localização geográfica.

Apoie jornalismo preto e livre!

O funcionamento da nossa redação e a produção de conteúdos dependem do apoio de pessoas que acreditam no nosso trabalho. Boa parte da nossa renda é da arrecadação mensal de financiamento coletivo.

Todo o dinheiro que entra é importante e nos ajuda a manter o pagamento da equipe e dos colaboradores em dia, a financiar os deslocamentos para as coberturas, a adquirir novos equipamentos e a sonhar com projetos maiores para um trabalho cada vez melhor.

O resultado final é um jornalismo preto, livre e de qualidade.

Leia mais

PUBLICIDADE

Destaques

Cotidiano