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Movimento negro exige da prefeitura de SP dados de Covid-19 por raça/cor

20 de abril de 2020

Documento protocolado pela Coalizão Negra por Direitos aponta para o crescimento das vítimas nas periferias da cidade de São Paulo

Texto e foto / Pedro Borges I Edição / Simone Freire

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A Coalizão Negra por Direitos exigiu, nesta segunda-feira (20), que a Prefeitura de São Paulo disponibilize as estatísticas de contaminação e morte por Covid-19, o novo coronavírus, a partir de dados de raça e gênero. O pedido demanda a publicação dos números para a capital paulista, epicentro da pandemia, para os meses de fevereiro, março e abril.

Segundo o Ministério da Saúde, até esta segunda-feira (20), o Brasil tinha registrado 38.654 casos de contaminação com 2.462 óbitos. Só na cidade de São Paulo, segundo boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura no domingo (19), havia 10.388 casos confirmados de coronavírus e 807 óbitos – e outros 1276 óbitos de casos suspeitos (não confirmados).

O documento enviado pela Coalizão também requer informações sobre contaminação nas comunidades tradicionais e quilombolas, bem como reforça a necessidade das estatísticas por bairros na cidade de São Paulo (SP).

O texto salienta a importância dos números para a construção de políticas adequadas de contingenciamento da pandemia e os seus efeitos. Ainda de acordo com a Coalizão Negra, a experiência dos EUA mostra que em sociedades marcadas pelo racismo há uma maior chance das vítimas da Covid-19 serem negras e pobres.

O documento foi protocolado às 10h horas e é direcionado ao Secretário de Saúde da Prefeitura de São Paulo, Edson Aparecido dos Santos, e ao prefeito da cidade, Bruno Covas. O pedido foi feito baseado na Lei de Acesso à Informação (LAI).

A Coalizão Negra por Direitos é uma rede com mais de 150 organizações antirracistas do país. O grupo articula ações de incidência no Congresso Nacional e em instâncias internacionais, como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Organização das Nações Unidas (ONU), com o intuito de defesa dos interesses da comunidade negra.

Confira o documento na íntegra aqui.

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