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Festival Tramas Negras enaltece diversidade artística e ancestral de Recife

As apresentações acontecem, em sua maioria, no Ibura, terceiro maior bairro da cidade
Imagem mostra o grupo Edún Àrá Sangô durante apresentação.

Foto: Adriana Preta

30 de junho de 2024

A cidade de Recife receberá a primeira edição do “Festival Tramas Negras – Encruzilhadas Artístico Culturais”, que ocorre em julho, nos dias 20 e 21. O evento, destinado a crianças, adolescentes e jovens, visa exaltar a diversidade artística, cultural, patrimonial e ancestral da localidade.

As apresentações culturais acontecem, em sua maioria, no Ibura, terceiro maior bairro localizado na zona sul da cidade, onde estão concentrados mais de 70% da população autodeclarada negra ou parda.

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Uma das atividades programadas é a “Pisada de Terreiro”. A formação será conduzida pelo bailarino e educador Daniel Semsobrenome no dia 20 de julho, das 11h às 12h, para crianças de 7 a 13 anos.

Segundo a organização, a ação é uma oportunidade para os moradores da região fazerem conexões sociais e humanas, com apresentações de dança, música e discussão de saberes ancestrais. 

No mesmo dia, a programação também inclui uma “Vivência Percussiva”. Neste caso, a ideia é unir as múltiplas habilidades infantis ao balanço do coco de roda – tradição do calendário nordestino que é Patrimônio Cultural do Brasil.  

Entre as atrações artísticas está o Edún Àrá Sangô, projeto idealizado por volta de 2018, pelo músico e dançarino Leonardo Salomão. O grupo apresentará canções autorais que envolvem cantos do culto africano yorubá, o nagô pernambucano e a santeria cubana, resgatando, difundido e valorizando a cultura afro-brasileira, em suas letras e sonoridade.

Além do bairro do Ibura, o Festival Tramas Negras ocupará, na sexta-feira (19), o Teatro Hermilo Borba Filho; no sábado (20), o Museu da Abolição, na Madalena, e o MUAFRO, no bairro do Recife; e no domingo (21), o Paço do Frevo e o Centro de Capoeira São Salomão, na Várzea.

Ao todo, cada vivência vai disponibilizar 25 vagas. A programação completa pode ser acessada no perfil oficial do festival.

  • Mariane Barbosa

    Curiosa por vocação, é movida pela paixão por música, fotografia e diferentes culturas. Já trabalhou com esporte, tecnologia e América Latina, tema em que descobriu o poder da comunicação como ferramenta de defesa dos direitos humanos, princípio que leva em seu jornalismo antirracista e LGBTQIA+.

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